Um brinde a vida!




♫ "Esse ano, quero paz no meu coração, quem quiser ter um amigo, que me dê a mão. 
  O tempo passa, e com ele caminhamos todos juntos sem parar, nossos passos pelo chão vão ficar...
Marcas do que se foi, sonhos que vamos ter. Como todo dia nasce, novo em cada amanhecer..." ♫

Comecei cantando! Cantar celebra a vida, cantar enriquece a alma e  aquece o coração.
Durante dois anos, cantei todas as manhãs para uma pessoa. Cada dia eu procurava cantar uma canção diferente, que dissesse naquele momento, o que estava pensando. Infelizmente, a última música não foi tão alegre, mas enfim...
Renovar os votos para um novo ano na verdade, só é uma extensão daquilo que deveríamos ter feito e não fizemos, por não ter tido tempo, por não ter tido vontade, oportunidade.
Foi um ano bom. Conheci pessoas inteligentes, mantive algumas e como nem um bônus fica sem ônus, perdi pessoas também. Vi Sir Paul McCartney, que me deixou extasiada por dias e dias. Chorei ao cantar Let It Be, que para mim, virou um lema e um post no blog!
E como diria o Roberto, chorei e sorri, mas emoções vivi!
Hoje é dia de agradecimento.
Aos meus amigos que estão perto, tentando me fazer encontrar aquele pedaço que perdi, aos leitores do meu blog que conheci e do meu perfil no recanto que me rendeu até um artigo em consideração aos meus escritos. Minha família. Apesar das adversidades, meu trabalho que me colocou num lugar de superação e luta e me rende uma grana pra poder ver os melhores shows por ai!
Claro, aos meus amigos que estão longe também, sem eles eu não seria nada. Sempre com uma palavra de carinho e nos dias em que me sinto a pior das pessoas dizer: " você não a pior, é só uma delas". Brincadeira, nunca ninguém me disse isso. Só recebi palavras de carinho.
Há um ano, desejei a uma pessoa que ela conseguisse dizer "eu te amo" de uma maneira pura, com a alma, sobretudo com o coração. Assim eu desejo à todos que tem dificuldade de dizer isso.
Sei que, muitas vezes amamos, mas não temos como dizer isso em palavras e muitas vezes, atos dizem mais que as próprias palavras. Mas como todo bom ser humano em evolução, ainda cremos que esta junção de letras e formações de sílabas, sejam  importantes.
Penso, será que essa pessoa conseguiu dizer isso como eu disse muitas vezes com lágrimas nos olhos de emoção. Mas...let it be...let it be!

Ah vamos deixar de conversas e fazer o que é devido.

Feliz Ano Novo! Que Deus dê a cada de um de nós, força, coragem, fé para que possamos seguir em diante.
Vivendo um dia de cada vez, mas como se fosse o último da nossa vida.
Desejo  que cada um que , assim como eu, perdeu parte da capacidade de sonhar, volte e repense os sonhos e desejos para um ano bom.
Que 2011 seja um ano repleto de felicidade à todos e que mais uma vez eu possa estar perto de cada um , fazendo parte da vida , da existência.

Um grande beijo à todos e Paz!

Amo você....amo vocês!!

María Pages - José Menese - José Antonio Rodriguez

Obriga-me!! Eu lhe suplico...




"E por que haverias de querer minha alma na tua cama?
Disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas, obscenas, 
porque era assim que gostávamos.
Mas não menti gozo, prazer, lascívia
Nem omiti que a alma está além, buscando Aquele Outro.
E te repito: por que haverias de querer minha alma na tua cama?
Jubila-te da memória de coitos e de acertos.
Ou tenta-me de novo. Obriga-me."

Mais que perfeito...

Hoje queria escrever mais uma capítulo da historia da minha Eugènie, precisava desesperadamente, ler um regulamento do torneio Infanto Juvenil do meu trabalho e estudar um projeto, ou melhor, três que devo entregar, mas não consigo nada!
De repente , li uma frase de uma escritora que contrariava tudo e todos na sua época. Irreverente, altiva,
livre.  Me pareceu a coisa mais simples e mais sincera a ser dita, porque muitas vezes , pra alguns , levar um soco no estômago dói menos que ouvir tais palavras...e que para alguns pode ser letal. Sempre adorei dizer...








"Te amo ainda que isso te fulmine ou que um soco na minha cara me faça menos osso e mais verdade"  

HILDA HILST

Item esquecido do Selo.

Esqueci de confessar que , sempre que meu sobrinho postiço " BRUNO" , fica on no MSN, meu coração acelera pensando em outro do mesmo nome. Já pensei em bloqueá-lo, coitado!
Mas to superando...

"Roubo" - TA COM VOCÊ

Copiei esse negócio da Viviane. Sou péssima pra esse negócio de selos galera, mas eu juro, minha meta de 2011 é conseguir indicar mais e mais leituras e passar dos 30 seguidores. Ok, número razoável  só pra começar. 

TA COM VOCÊ

Copiei isso da  Viviane e achei o i o máximo. Vamos lá:  



Regras:
1- Você coloca a foto de tagged no post;

2- Falar 10 ou mais coisas sobre você (qualquer coisa), 5 ou mais manias (esquisitices) suas, 5 ou mais coisas que te irritam, 5 ou mais coisas que você adora, 5 hobbies seus; 5 coisas que ninguém sabe sobre você; seu maior sonho; seu maior medo; as coisas mais importantes na vida pra você. OBVIAMENTE você não precisa escrever tudo; pode omitir algumas perguntas ou não responder. É uma brincadeira, não uma visita ao psicólogo!;

3- Você ‘taggeia’ mais 5 pessoas para participarem da brincadeira! Vamos lá!





10 coisas sobre mim:

 - Tenho 39 anos; 
 - Sou avó;
 - Trabalho na  Confederação Brasileira de Tênis e não sei nem jogar;
 - Sou uma eterna apaixonada;
 - Ainda acredito que um dia vou envelhecer ao lado de alguém que me ame;
 - Sonho em viajar para Europa, mas ao mesmo tempo, não tenho nenhuma vontade de sair do Brasil.
 -  Sou apaixonada por um rei que me destronou.
 - Viajei 1000 km pra ver uma pessoa
 - Falo pra burro, mas pra algumas coisas sou timida.
 - Adoro pão de queijo com doce de leite. 

5 manias/esquisitices:
  1. Eu falo sozinha;
  2. Às vezes imagino uma pessoa falando algo que eu queria ouvir e pior, respondo;
  3. Marcar os trechos que gosto nos livros;
  4. tinha mania de comprar lingerie, agora parei 
  5. Falo sozinha até em supermercado ( acho tão estranho que resolvi colocar 2 vezes) 
5 coisas que me irritam:
  1. Indiferença;
  2. Pessoas que fazer você ouvir os problemas delas e quando conta os seus, ela diz...isso não é nada! 
  3. Pessoas que trabalham com má vontade;
  4. Minha ansiedade, muitas vezes me irrita. 
  5. Esperar que as pessoas pensem junto comigo quando efetuamos alguma tarefa. 
5 coisas que eu adoro:
  1. Livros ;
  2. Surpresas;
  3. Sexo ( ok, é muito forte, mas gosto) 
  4. Sorvete
  5. Escrever cartas
5 Hobbies:
  1. Escrever contos;
  2. Tentar dançar
  3. Criar personagens ;
  4. Bancar a psicóloga;
  5. Ir ao cinema e parques sempre que possível.
5 coisas que ninguém sabe sobre mim:
  1. Vivo num conto de fadas. À espera de um milagre
  2. Sempre achei que envelheceria com a pessoa que amo, mas acho que só vou envelhecer mesmo.
  3. Adoro ginástica , mas não tenho mais vontade de fazer.
  4. Já tentei escrever contos eróticos mas não me dei bem
  5. Se sou provocado, passo dos limites. 
Meu maior sonho:

 - Uma casa com jardins e fazer letras.

Meu maior medo:

- que realmente minhas filhas me achem uma péssima mãe.

As coisas mais importantes pra mim:

- Minha família, alguns amigos, meus avós.

Eu indico:

 - Eu indico toda minha lista de blogs! Das quais eu não seria nada nesse pedacinho. Mas segue aqui 3 deles....beijos!! 


DIVINE

ANGELO


Natal...




E cá estou eu, deixando todos os meus pacotes de lado e escrevendo a crônica de Natal.
Por cima da minha mesa, estão laços de fitas, fitas adesivas e folhas de papel de presente dos mais variados tons e estilos. Devo dizer que tenho ótimo gosto para escolher os presentes e as embalagens, mas Deus não me deu inteligência suficiente para preparar embrulhos tão lindos quanto os da minha mãe e da minha tia.
Essa parte não herdei. Felizmente ainda possuo insanidade suficiente para me enfiar em lojas e gastar no cartão de crédito pra que todos fiquem felizes.
Essa , para todos pode se dizer que é uma época tão clichê como o dia das mães, dos namorados , etc. Mas para mim é tão linda. Pena que muitas pessoas não sintam o que ela realmente quer dizer.
Amor, harmonia, paz , tranqüilidade. Coisas que na verdade, deveriam fazer parte da nossa vida durante todo ano. Mas e as luzes? E o brilho ? E o PAPAI NOEL?
Há quem diga que ele não exista, mas que seria de nós se não fossem os sonhos?
Em nossa casa, aprendemos desde crianças que o papai noel nos visita durante a madrugada do dia 24 para 25 e nos entrega os presentes. Tanto que, quando nos levantávamos, tudo estava lá, perfeito e colorido.
E assim se seguiu, hoje temos filhos, alguns de nós , netos...meus avós são tataravós. Temos nossos desentendimentos, nossos percalços, mas somos uma família boa...
Hoje, fiz minhas últimas compras. E olha, eu jurei que não colocaria os pés no Shopping hoje, mas esqueci umas coisas e fui atrás. Ainda assim, vi presentes para aqueles que nem ao meu lado estão mais. Mas meu coração por um tempo ainda estará junto deles e quem sabe um dia, possamos novamente aproveitar essa noite de Natal como eu sempre sonhei? At last...
Que o Natal seja espetacular na casa de cada um nós, que sejamos felizes essa noite e todas as outras noites da nossa existência. Que para aqueles  que crêem que o bom velhinho existe, a noite seja ainda mais colorida e para aqueles que nunca acreditaram , que um dia possam ver tudo de forma diferente e ver que o que realmente importa é o sonho e a imaginação de cada um.
Sejamos todos prósperos e felizes nessa noite. E que Deus  em sua infinita bondade nos abençõe.
Enquanto escrevia esse post, tocava "Dance Tonight"  do Paul McCartney. Nada mais apropriado para a ocasião, celebrar a vida, dançando;

FELIZ NATAL A TODOS!!



♫ "...Everybody gonna dance tonight
Everybody gonna feel alright
Everybody gonna dance around tonight..."♫

A "minha" outra metade do blues.

A noite era tão monótona, pairava no ar, uma nostalgia sem fim. Sempre me perguntei, porque razão as pessoas ficavam tão melancólicas nessas épocas de festas. Eu adorava as luzes, mas meu coração bobo, bem esse, deve estar no 10° estágio da bobeira porque nunca se emenda. Enfim...! 
Cansada de andar de um lado à outro, sentei no meu lugar predileto, estiquei as canelas, peguei uma boa taça de vinho e viajei no blues. Choroso, melado..."so sad"!
Aquela melodia da guitarra que mais parecia um lamento me encantava, me deixava em êxtase puro...

* ♫ Well now it's three o'clock in the morning...And i can't even close my eyes ♪

Engraçado como a gente tenta fugir das coisas melancólicas e cai sempre no centro das mesmas. Triste coincidência, Olho pro relógio no canto e vejo, três da manhã e eu ali, na metade da garrafa de vinho e com os pensamentos tão longe que precisaria de uns 4 vistos no passaporte pra voltar.

* ♪ Can't find my baby...And i can't be satisfied ♫
Ah não, isso já era demais. Mas era tão bom ouvir a guitarra chorosa, deixemos de lado a letra triste e sofrida. 
Fecho os meus olhos, e aos poucos esqueço de tudo e adormeço.
Me vejo num lugar escuro, fechado e enfumaçado. O teto, era todo azul, lembrava um  céu blue..."blues". Algumas poucas cadeiras ocupadas, mas uma em especial, quase ao meu lado, parecia balançar, mas estava vazia  e eu, sozinha ia e vinha...acompanhando a melodia e então, começo a assobiar uma melodia desconhecida e ao mesmo tempo tão intensa pra mim que quando percebo já estou gritando aos quatro ventos. Acordo, sobressaltada, mas um sorriso estampado no rosto. Me levanto, pego papel e caneta e deixo lá, o que eu tinha cantado, o que tinha ouvido e durmo relaxada e contente. Contente e ébria sei  lá...só sei que cantei para a suposta cadeira que balançava "vazia". 




*♫ ♪ “Você nunca entendeu meu bem muito bem, o filme que a gente viu.
Não era assim no inicio, nunca acabaria assim... Você não compreende... Entende! É muito diferente a canção que eu fiz, a outra metade do blues você não ouviu, você não sentiu... A outra metade do blues você não ouviu, você não sentiu...” ♫ ♪


* Three o"clock blues - BB King e parte da letra de " a outra metade do blues " da série Clandestinos.

Devaneios de Eugènie

Sim, a noite estava apenas começando, mas ao mesmo tempo em que eu precisava pensar no que fazer para arrumar outro informante e, sobretudo fazer meus negócios andarem, aquele maldito tinha me feito voltar aquele passado, onde a única coisa que eu queria era esquecer, mas esquecer esse fato era negar e renegar as minhas reais origens. Da realeza a uma morta viva. Grande mudança. Era assim que me sentia antes de ser quem eu era, ele, tão somente ele, era quem me fazia ser diferente e foi outro que realmente me transformou. Por instantes as cenas voltam a minha mente...era um filme.

 Outono, 1425.

O relógio se arrastava!

Estava quase na hora dele vir a minha casa e os minutos pareciam eternos. Sentada em meu toucador, sonhava acordada. Aquela seria a grande noite. Estava perdidamente apaixonada. Ele era magnífico, educado, bem humorado e não se importava com a minha maneira de ser, pois para a época, eu não era uma moca muito adequada aos costumes. Gostava de ler, de dançar, interessava-me por tudo que fosse novo e, sobretudo, proibido.
Horas e horas, sentávamos em baixo de uma frondosa arvore e ficávamos até o entardecer lendo e nos amando, nos amando... Lendo!
Da pureza dos sonetos a mais secreta caricia. Meu coração estava aos pulos, havíamos decidido falar com nossos pais primeiro para não comprometer o negocio dos dois, que há muito tinham uma sociedade. Olhava-me no espelho e sentia-me a mais bela entre todas.
Uma voz grave e metálica me repetia isso no intimo de meus pensamentos. De forma inexplicável, aquilo não me assustava, era como se ele, ela, a voz, me conhecesse e já houvesse me dito algo semelhante. Como me sentia mesmo a mais bela, não dava importância a devaneios e pensava somente no meu ego inchado de tantos elogios.
Tudo parecia normal até que ele me convida pra tomar ar fresco nos jardins do casarão, enquanto nossa família conversava, foi ai que ele declarou-se, mas não como eu imaginava. Senti que o mundo rodava aos meus pés e se não fosse um banco ao meu lado, teria caído com a avalanche de palavras que ele despejava. Aquilo me alucinava. Como? Ele dizia-se apaixonado por outra? Queria casar-se e sair de lá? Mas e tudo que me prometera? E suas juras de amor... Tudo mentira.
Sem mesmo terminar de ouvi-lo, corri. Nem sei quanto tempo se passou até que eu parasse de correr, e chegar à mesma arvore que por tardes e tardes, fora testemunha de minha derrocada. As minhas horas de amor intenso tornaram-se horas de pura desgraça e amargor. Chorei até cansar meus pulmões e quase secar os olhos.
Ali perto, uma figura que há muito me acompanhava, sem ao menos que eu tomasse conhecimento de sua presença, olhava-me. Brincava com um pequeno ramo nas mãos e um misto de tristeza e satisfação estampava seus olhos. Foi quando o vi pela primeira vez. Belos olhos amendoados, uma pele morena e cabelos negros que lhe caiam nos ombros. Seus olhos às vezes possuíam um colorido que eu não conseguia entender. Um tom amarelado, hipnótico. Sua voz era melódica, calma. Igual a que eu ouvira em meus devaneios. Seus lábios não se moviam, mas eu lhe escutava nitidamente. Pisquei, e então ele estava ao meu lado.

-Não tema.

Ele dizia enlaçando minha cintura, acariciando o meu cabelo solto. Enxugava minhas lágrimas suavemente com o polegar, enquanto sussurrava em meus ouvidos:

  -Teme a morte criança?

Apenas balancei a cabeça dizendo que não. Não sei se estava hipnotizada ou se depois da decepção, nada mais eu temia mesmo. Ele sorriu e me beijou docemente os lábios e murmurava entre um beijo e outro palavras que me entravam nos ouvidos como uma  melodia. Então ele sorriu e disse:

- Mas eu não lhe darei a morte. Dar-te-ei a vida eterna... Minha Eugènie. Serás bem mais feliz.

 E dito isso, calou-me com um beijo entorpecedor. Todo meu corpo tremeu ao seu toque sutil e dolorido até que eu perdi os sentidos. Acordei muito tempo depois, com um gosto amargo na boca e com o olhar sensível à luz que entrava pela minha janela.
As primeiras de sucessivas mudanças. Nunca mais vi meus pais e nem tampouco àquele que me despedaçou.
E assim, eu vivi por muito tempo com o meu protetor. Fui boa aluna. Companheira e amante. Aprendi a ser fria, calculista, tirando de todos os que atravessassem meu caminho tudo que eu quis e o que quero. E hoje para mim, viver pela noite , me divertindo, e o melhor, alimentando-me da ignorância dos desavisados.
Assim que eu mesma acabei por me rotular, o próprio diabo disfarçado. 

-Sangue por favor! - o barman me olha horrorizado, sorrio debochada. - Mon dieu, bourbon mesmo 

Gie Guidet

Nota: Gie Guidet é o psiodonimo de Eugenie Monroe, apesar dela odiar que lhe chamem assim, foi como ficou conhecida no mundo da moda. Essa é mais uma das aventuras deste ser sombrio , que como ela mesmo se intitula  "é um diabo disfarçado". 

  


 Tudo tinha saído como eu imaginara um desfile perfeito. Devo mencionar que, desde mocinha.. Sempre gostei de desenhar e alem de todos os negócios que mantinha, ainda arrumava tempo para me distrair na alta costura. Um hobby que me deixava mais leve, se é que isso podia acontecer. O cenário, um teatro fechado em Nova Iorque, uma antiga construção de mais ou menos três séculos, havia caído como uma luva para a coleção de vestidos de noite que eu desenhara.
Vários tecidos transparente caiam do teto até o chão, deixando o ambiente parecido com um baile de mascaras antigo. E assim minhas "meninas" se apresentaram... todas mascaradas. Uma a uma foram entrando na passarela até a minha entrada. Nos camarins, ouço meu nome e entro vestindo a peça chave de minha coleção. Um longo vestido vermelho, que deixava meus ombros a mostra e uma pequena flor de lótus tatuada próximo ao seio que dava seu toque final. Nem uma jóia nada.


-Senhoras e Senhores, Gie Guidet!

Apenas por 15 minutos fico na passarela, comprimento as modelos e saio de forma estratégica pela porta dos fundos, pois era isso que me atraia. Só a adrenalina dos bastidores! Já com outra roupa, pego meu carro e dirijo ate um badalado restaurante da cidade, freqüentando por um público , digamos, misto... e mal sabiam os humanos que por lá circulavam, que a maioria dos freqüentadores eram um tanto incomuns.Era hora de tratar de outros negócios, afinal, um dos meus melhores informantes, havia padecido alguns dias em minhas mãos e eu precisava de outro com urgência. Na porta um rapaz me esperava.

 -Boa noite Jimmy. 

 Ele apenas acena com a cabeça, segura a minha mão dizendo...

 -Senhorita Monroe!   E ainda arrisca uma piadinha, que uma noite destas podia lhe custar umas gotinhas de sangue.

-Vejo que hoje esta sozinha... Ah ouso dizer que uma pobre alma hoje será corrompida.

 Sorrio de forma maliciosa, eu apenas toco com o indicador em seu queixo e murmuro.

-Cuidado, pois se continuar assim ousado, a próxima será a tua. E não serei piedosa.

Beijo de leve seus lábios e entro, pois afinal, a noite mal havia começado. 

Gangue no cais 2

E então, ele me olha com aqueles olhos que eu queria arrancar e diz: 

-...Alguém fez uma oferta bem mais generosa que a tua, me dando ainda um pequeno bônus extra deixando a informação bem mais valiosa e tu, sejamos francos, esses nossos negócios feitos à hora que você escolhe cansa um pouco, essa sua excentricidade me enche. Tudo de madrugada, tudo a noite, ora, por favor, Gie.

Eu me esforçava pra não acabar com a raça dele ali mesmo, aquela fora gota d'agua, mas eu não queria levantar nenhuma suspeita, quanto a minha real origem, visto que ele nunca tinha desconfiado de nada. Nem me movo, mas falo para os meus que já me entendiam muito bem “Fiquem atentos, ele vai aprontar algo”.
Era tão idiota que nem observava a minha íris mudando de cor a cada insulto dele, dou alguns passos ficando bem próximo a seu rosto.

-Sforza, já entendi o que fez, mas lhe aviso, se fosse você, não tentaria nada contra mim e pensaria duas vezes antes de me trair.

Ele sorri e em segundos percebo seu olhar para os homens dele e logo começa a bagunça, os homens atirando nos meus, e eu... Agarro o pescoço dele, e o levanto ate um contêiner pendurado em um guindaste dizendo enfurecida.

-Eu lhe avisei que pagaria muito caro por isso e por me chamar de Gie. Infeliz coincidência, mas o maldito que me chamou assim pela primeira vez, também me traiu, mas eu não tive o prazer de matá-lo, mas contigo eu posso acabar e bem rápido.

Os olhos dele faiscavam de medo e meus caninos já estavam expostos e sem pensar duas vezes rasgo sua carne, sugando até a ultima gota de sangue e logo o maldito perde as forças. Volto pra onde estava dizendo:

 - Limpem esta sujeira, preciso pensar.

 Ah, muitos erros numa noite só. Perdi um informante, fui remetida a um passado há muito guardado, mas que depois de muitos anos, ainda fazia sangrar um coração morto e ainda fragmentado por aquele covarde. Numa velocidade descomunal chego a um parque, na parte mais escura, a uns metros dali, um casal brincava num banco, quando me aproximo, meus olhos eram duas brasas.

-Sumam, vão prevaricar em outras paragens. Senão não respondo por mim.

Peguei-os de surpresa e em segundos, vasculho a vida dos dois que, de tanto medo às mentes estavam totalmente abertas, meu lado animal fala mais alto e a crueldade com que lanço as palavras para a moça, foi horrível.

-Se eu fosse tu, não me entregava a ele. Ele te trai. Conte a ela ordinário que tens outra.

A garota me olha com tanta indignação e o imbecil se vira e diz.

-Quem lhe contou sobre isso vadia?

Gargalho alto e olho pra ele limpando uma gota de sangue no canto dos lábios.

-Nem preciso, tu acabaste de confessar idiota. Apenas joguei. Agora sumam, pois estou saciada, mas posso mudar de idéia.

Sento-me no encosto do banco já retomando a minha sanidade e meu juízo.

-Mas que diabos deu em mim? E a maldita voz repetia: “Gie... Gie...”.

NOTA EXPLICATIVA



Desde ontem,  12/12  até o dia 15/12, os leitores deste singelo blog, poderam conhecer uma das minhas personagens, chamada Eugènie Monroe, uma jovem que tem apenas alguns séculos nas costas, mas com corpinho de 20 anos apenas.
Criei esta personagm há uns dois anos mais ou menos, para outros fins, porém agora decidi colocar um pouco de suas aventuras por ai.
Espero que apreciem as aventuras e sobretudo que se divirtam com a leitura.

Um grande beijo.


Ps. Aproveito para dar uma dica de leitura.

Nos ultimos dias, um dos seguidores do meu blog, o qual sigo também, claro, tem postado contos sobre uma personagem também muito interessante.
Eu os convido a ler o BLOG do meu colega Felipe Faverani, apreciem sem moderação.


Dora

Gangue no cais

Muito havia se passado desde a ultima vez que pisara naquelas terras, as casas quase não existiam mais, davam lugar a arranha-céus que dominavam a paisagem. Nada mais havia de bucólico naquele lugar e eu achava tudo aquilo tedioso. Preferia os tempos onde tudo era menos barulhento, mas enfim, tempos modernos. Do alto da minha suíte olhava o vai e vem dos carros. O burburinho parecia vir do meu banheiro de tão alto aos meus ouvidos sensíveis. A noite era fria, típica de outono. Minha época preferida, as árvores quase sem nenhuma folha... A natureza "morrendo" para em alguns dias renascer. Sentimentalismos a parte, eu mesmo sendo quem era sempre admirei a sabedoria da natureza, apreciava o belo como qualquer um. Ora era melhor deixar de devaneios humanóides e me preparar.

Saio da sacada indo direto a uma mesa enorme com uns papeis e um notebook aberto, examino alguns e planilhas, sem muita atenção. A parte lícita dos meus negócios era burocrática demais e me dava certo trabalho, mas valia a pena. Os números sempre aumentavam, mas o que me dava realmente prazer era o ilícito. O liquido espesso que viajava em meu corpo fervia quando conseguia descobrir uma corja otária e tomar-lhe os negócios e tudo mais. Ótima safra, corruptos, inescrupulosos, bandidos. Não eram as cifras, neste caso que me faziam feliz, era o simples fato de acabar com um negocio inteiro e ainda me fartar. Nunca ninguém desconfiava, chegava com meu riso doce, fala mansa e olhar meigo, quase angélico e então lhes tomava tudo. O negocio e a vida. Vendia tudo que tomara dos bandidos e guardava o dinheiro, agindo somente meses depois. Apenas por prazer.

Termino tudo e tomo um longo banho, vestindo um traje negro, com mangas compridas, mas com as costas de fora, onde apenas uma gota de uma pedra negra caia ate o meio delas, a única jóia que usava. Cabelos bem presos no alto da cabeça, sapatos, carteira e saio. Na porta do prédio , o carro já me esperava.

-Para o cais.

Ao chegarmos, o outro carro já nos esperava, e assim que estaciono um homem já vai saindo de dentro do carro. Alto,de presença marcante, belíssimo por sinal. Sforza era sem duvida, meu melhor informante e o mais charmoso, devia admitir. Nem espero o motorista e já vou descendo. Altiva e arrogante como sempre, ele da dois passos e já se coloca em minha frente. Olhando-me com cobiça da cabeça aos pés.

-"Gie" minha querida. Quanto tempo.

Ao ouvir seu tom e a forma como me chamou minha íris por segundos se colore de vermelho, mas logo domino minhas emoções e volto ao normal. Mas os punhos cerrados denunciavam minha insatisfação. Só um maldito havia me chamado assim e foi o causador da minha perdição. Algo me dizia que a noite não seria boa. Mal presságio. Recuo um passo, dominando meu instinto animal que já estava por um fio.

- Eugenie, por favor, Carlo. Sabe que não gosto de diminutivos, não combinam comigo. Vamos direto ao ponto.

-Claro G..., eh...*pigarreai*...Eugenie. Perdoe-me.

 Seu tom era sarcástico demais e de longe sabia que aquilo de fato não terminaria bem e ele então continua:


 -Houve uma pequena mudança nos planos e eu não vou te entregar mais os nomes que quer e nem tampouco a data do carregamento...

Como eu previa ele queria me passar à perna. Seu jeito cínico me irritava ao extremo, mas espero pacientemente que ele termine de falar. O que ele faz mantendo seu tom jocoso e irritante. 

 continua. 

Saudade de escrever




Caros leitores, se é que ainda tenho algum depois de tantos e tantos dias sem um linha.
A vida, como disse anteriormente, tem um saldo bem positivo, mas com ela, os atributos são inúmeros.
Tenho, ao contrario do que possa parecer, uma gana inconstestável de escrever, porém, o meu tempo é cada vez mais curto.
Meus projetos pessoais para o próximo ano ainda não foram sequer escritos, mas os meus profissionais, este sim, estão bombando. Espero que agora compreendam o porquê do meu sumiço.
Em uma semana tive algumas reuniões para estabelecimento de metas, algumas devem ser postas em práticas já, mas ainda precisam de ajustes. Eu disse também naquele post...aquele que mencionei meu aumento salarial e de quebra a mudança nas minhas funções, pois é,  e tenho quebrado bem a cabeça para que tudo seja da forma como foi planejado, mas estamos ainda em estudos.
Posso dizer que, esta minha nova função me trouxe desafios que vão além do que se pode imaginar, pois além de testar minha capacidade e jogo de cintura, me fazem pensar na superação em todos os aspectos.
Sempre me senti tocada com pessoas especiais, e sempre  fiquei imaginando, como era bem melhor ser feliz do que se entregar às limitações físicas e emociais. Claro que, na teoria, sempre é mais fácil. Esta que vos escreve sofre muito com essa "superação" emocional, bem mais fácil falar do que colocar em prática ( no caso pessoal, ok?) At last....
E este é o meu propósito, ao menos tentar disponibilizar as verbas necessárias para que pessoas assim, consigam se super também ainda mais. Ninguém ta entendo, né? Vamos lá...
O que caiu no  meu colo no trabalho, foi nada mais que os projetos para desenvolvimento do tênis em cadeiras de rodas , viabilizado pelo COMITÊ PARAOLÍMPICO BRASILEIRO.
Muito burocráitco? Sim...
Muito cheio de coisas e limitiações administrativas? Sim...
Mas com os resultados, imensamente gratificantes.
Conheci dois deles esta semana na entrega do Prêmio Melhores do Tênis de 2010, pessoas incríveis e super simples.
Vamos ver no que dá, pois é pessoal,  estou cansada, meu problema de coração "broken" ainda não foi solucionado, mas eu estou ai fazendo ajustes, uma hora tudo se resolve.
 Ah, devo lembrar que, este ano, não vou alterar meu lay out  para  Natal, o que usei ano pasado não combina com o que utilizo hoje, feito pelo meu personal stilist de blog, Bruno.
Um grande beijo e volto pelo menos daqui uns dias....eu devo isso a mim.....

ps. para os que acompanham o meu conto de terror, em breve postarei o término...estou tentando finalizar.
Muitos projetos para uma única pessoa.

Grande Beijo,

Esforços e Recompensas




Acordo com a luminosidade do dia entrando pela janela. A casa tinha uma visão privilegiada do mar e era ele que nos dava bom dia todas às manhãs.
Deixo meu olhar se perder no ir e vir das ondas e logo em seguida, olho para o lado e ele não estava mais lá. Com certeza, estaria na sala, escrevendo. Há dias estava obcecado e não largava o Lap por nada no mundo. E eu passava os dias vendo tudo de longe, apenas torcendo para que conseguisse chegar onde queria. Calmamente saio da cama e apenas pego uma blusa que estava na poltrona ao lado, indo direto a cozinha.     Com certeza, nem o café havia tomado.
 Enquanto esperava a água ferver, pensava que, eu, assim como ele, também gostava muito de escrever, mas para mim era apenas uma diversão. Uma forma de compartilhar meus pensamentos com outras pessoas. Mas ele... ele tinha paixão. Penso que trocaria tudo para somente escrever. Eu achava isso maravilhoso e me esforçava por manter tudo como ele precisava para fazer o que queria. Pois minha recompensa sempre era prazerosa.  Coloco uma boa quantidade de café na xícara e levo pra ele na sala que nem nota minha presença. Somente quando sente minha mão no seu ombro e meu beijo nos seus cabelos.

    -Bom dia!

 Entrego a xícara com o café quentinho, com a fumacinha saindo e espero ele tomar um gole.

   - Ta ótimo, obrigado.

 Pega minha mão, beija suavemente, enquanto toma mais um gole de café e volta a escrever. Apenas sorrio e vou me sentar ao seu lado no sofá. A manhã era fria e eu fico ali, enrolada numa manta que estava lá jogada, provavelmente, que ele mesmo havia deixado. Enrosco-me toda, deixando apenas meus olhos de fora, queria olhá-lo. E fazia, fascinada! Ouvia claramente em meus pensamentos quando ele dizia que seu sonho era este, apenas escrever:  “Eu quero escrever, gosto de escrever. Se pudesse faria somente isso e nada mais”. E eu calmamente, lhe falava sobre a importância de muitos outros assuntos, mas que uma hora, quando ele menos esperasse, tudo seria como gostaria que fosse.
 Ele lia, relia... Apagava, falava em voz alta. E eu, quietinha, apenas alternava a minha atenção entre ele e o mar. O sol de inverno inundava a sala e já tocava meus pés, que eu tiro de dentro da coberta para aproveitar o calor... Talvez a energia solar pudesse me fazer mandar mais inspiração a ele.
 O que mais me encantava era que, ele quando cismava com uma coisa ia até o fim, claro no âmbito literário, pois os demais, às vezes eram bem difíceis de serem executados.
 Tantas e quantas vezes ele me dizia: “Agora eu vou fazer isso.” E engavetava outro projeto. Eu somente ria do jeito dele e voltava a incentivar suas aptidões de escritor. Ajeito-me melhor na poltrona, cruzando as pernas de forma bem confortável. Ai ai...   Aquilo ia longe! Por algumas horas eu fico ali, ora sentada ao seu lado, sem dizer uma única palavra, ora acariciando seus cabelos e lhe massageando as costas, até perto da hora do almoço. Ele mal levantava para ir ao banheiro. E isso começava a me preocupar. Vou até a cozinha, preparo um lanche bem reforçado e trago a bandeja pra ele.

  - Agora vais fazer uma pequena pausa para se alimentar. Sem desculpas!

 Olho meio com a cara amarrada e o dedo em riste, pois ele já me olhava com cara de criança pidona.

    -Tudo bem, tem razão. Tô morto de fome mesmo.

 Ele tinha um apetite voraz e então caprichei, pois não sabia quando ele terminaria.. Sento-me novamente ao seu lado, apoiando o queixo nas mãos. Ele comia tudo com vontade, pois coloquei tudo que gostava. Quando ele termina, vou retirar a louça, mas antes, beijo suave e repetidas vezes seus lábios e o deixo novamente.
 O dia passa arrastado e eu, ia e vinha assim como as ondas. Do quarto pra cozinha, da cozinha pra sala onde me instalei novamente.
Vez ou outra tirava uma soneca, um soninho leve. Mas sem perdê-lo de vista.
Já era quase noite quando vejo um sorriso gracioso em seus lábios. Teria ele terminado?

   - Ah... Graças a Deus.

 Digo a mim mesma. Meu problema não era passar a tarde ali sem ele nos braços, mas sim a preocupação pelo esforço que ele fazia. Mas chamemos de “determinação”, que cai bem melhor que teimosia. Ele se levanta feliz e vem em minha direção. Finjo que ainda dormia só pra aproveitar a caricia que eu tinha certeza que ele me faria. Quando sinto seu corpo se acomodar ao lado do meu e procurar meus lábios, dizendo:

  -Terminei. Enfim, terminei!

 Foi só o que ele disse e beijou-me.
Algum tempo depois, ambos recebemos a recompensa de tamanho esforço. Seu texto fora contemplado com o primeiro lugar em um concurso literário e eu com uma tarde inteira de amor por serviços prestados ao escritor.  
Moral da minha história?  Todo esforço tem sua recompensa? Também, mas para mim foi... Amor, com amor se paga! 

NOTA: Este texto já foi postado  anteriormente em outro site, mas aqui nunca! Espero que gostem. Pois pra mim ele é muito importante, como tudo que escrevo, mas ele é nostálgico. 

Saldo Positivo ou quase? Ah... Let it be!



Caros leitores! (sempre quis escrever isso...)

Enfim, sei que ando um tanto ausente, mas é por um bom motivo, ou melhor, dizendo por vários e às vezes nem tão bons motivos.
Recentemente, recebi um aumento. Com ele, meu chefe esqueceu de me dizer que, demitiria um dos nossos funcionários e faria com que o todo o trabalho dele, caísse no meu colo.
Então, vamos lá , pensei! Mas não foi tão fácil como eu imaginei e nem tem sido. Na verdade, pra mim tem sido uma prova de fogo. Porque depender de outras pessoas que não estão muito interessadas em ajudar é uma situação um tanto complicada.  Mas sei também que, em breve tudo estará resolvido e que eu, como sempre vou tirar de letra.
Tudo anda meio confuso. A minha vida anda caminhando rápido e com muitas coisas novas e outras velhas que ainda me assombram.
Em verdade, eu sempre amei esses fantasmas e existem determinadas coisas que devem ser resolvidas ou esquecidas.  Eu, por enquanto, ainda não fiz nem um nem outro.
Nestas duas ultimas semanas, vi 2 shows incríveis.
Era um domingo de sol, o desenho do parque e seu ar antigo , pra mim era bem convidativo, mas a musica, essa era bem nova. FOLK... Norah Jones subiu ao palco, fazendo meu coração bater descompassado lembrando dos beijos do rei que roubou meu coração e metade da minha alma.
Cada acorde cada som era misturado com ânsia e revolta. Dor e saudade.
Passado o susto e acalmado o coração, depois de mais uma semana cheia de duvidas e estresses, chega ele: Sir Paul McCartney...e ai sim, meu coração quase saltou pra fora da boca.
Se fosse feita de esponja e não de massa corpórea, estaria vertendo água até agora quando alguém encostasse em mim, pois levei vários e vários milímetros de chuva no lombo...ou devo dizer, no lombo, na cabeça...no corpo todo.
Mas as horas de espera na chuva que graças a Deus não era acida e das inúmeras amizades que fiz no estádio, tudo foi perfeito. E pasmem, não derramei uma lagrima sequer. To ficando bem boa.
Era tudo tão perfeito e tão lindo que eu não perdi tempo em gastar um pouco da água que eu tinha absolvido e cantei, me encantei e dancei com aquela maravilha.
As musicas perfeitas, muitas delas embalaram a minha infância, adolescência e idade quase adulta, ainda  não me considero com tal as vezes, tamanhas as burradas que andei fazendo por ai. Ouvir um coro de 64 mil pessoas cantando uma musica que algumas vezes ilustra o que penso ou que acho que devo pensar, me 
deixou em êxtase ate agora.

♪  ♫ Let it be...let it be.... ♫ ♪

Então, que seja! Deixe estar...

Deixe estar que logo eu coloco minha vida profissional em dia...
Deixe estar que em breve, as coisas vão se encaixar e eu vou voltar a ser amante das causas perdidas...
Deixe estar que vou encarar todos os meus Dragões como se fossem apenas Moinhos de vento.
Deixe estar que eu te amo...amo, do fundo do meu coração, mas sei e quase aceito que foi o fim do nosso amor e que nunca mais seremos os mesmos.
Deixe estar... Que adoro as breguices que eu e meu morango falamos as vezes, ele me alegra e me faz sentir por breves minutos desejada novamente, ainda que , pra variar, muitos kms  nos separem e eu nem posso tirar a prova dos 9, 10, 20...quantas vezes desse.
Deixe estar, ganhei amigos... Mesmo não cuidando direito de alguns, mesmo sendo apenas, mas uma na multidão para outros, sim... Ganhei amigos e tenho alguns bem conservados perto de mim.
Deixa estar... TENHO LEITORES... E isso é impagável como Sir Paul cantando por três horas consecutivas e seus músicos cinquentões que tocam uma guitarra nervosa e são lindos.

A todos,  meu muito obrigado por tudo!



Esta noite sonhei contigo...tudo era tão lindo e tão confuso ao mesmo tempo! Eras afoito, incomum ao que estava acostumada.
Mas eras tu...eu  via, eu sentia nos teus olhos escuros e confusos!
Sentia ímpetos de dizer ...não me deixe, não se vá, mas isso era impossível.
Não mais pertences ao meu mundo real, só os de sonhos...como este que me amarrota o peito e dilacera a alma.
Sinto ainda vontade de gritar que amo, quando o que devo fazer e me recolher ao silencio que me é imposto.
E dessa ausência declarada? Será que nunca mais ficarei curada?




"Que esta minha paz e este meu amado silêncio

Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece...
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto!"

Meu amado "Mario Quintana". 

Infame!!

Ah me perdoem, mas procurava uma gravura para ilustrar um outro post que tencionava escrever, porém, quando me deparei com essa foto eu tinha que dizer , lembrar, escrever...aquele poeminha sacana e  infame que todo mundo um dia disse no colégio!! 



"O AMOR É UMA FLOR ROXA, QUE NASCE NO CORAÇÃO DO TROUXA!! "








 Fantástico!! 

Boa noite! Desisto do meu texto sério, fico com essa pérola!! 

Olavo Bilac - Ouvir estrelas.


Ouvir Estrelas


"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda noite, enquanto
A Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir o sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizes, quando não estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas"


*"...That I…Wanna fall from the stars 
Straight into your arms!
I… I feel you, I hope you comprehend.."

* Stars - Simply Red.

Vontade!

Para onde eu queria me TELETRANSPORTAR
Hoje, tomei a liberdade de postar um conto de uma pessoa que amo muito, segunda ela, esta é a minha história na versão dela. Como ela nos enxergou e como as coisas aconteceram ontem, hoje...sei lá! 
apresento-lhes:  Srta. Divine em :






 Um Conto sem Fadas


Era uma vez, num reino distante, uma rainha. Esta rainha era bela, inteligente, interessante, mas apesar de todas essas e outras inúmeras qualidades, a rainha não tinha um rei. Não por falta de pretendentes à altura de sua posição de rainha. Mas nenhum deles mexia com ela, de verdade. Nenhum deles lhe despertava sentimento algum.
Numa noite de lua nova, chegou ao reinado uma trupe de saltimbancos, prometendo trazer ao povo e ao reinado, noites de diversão e interminável magia. Nesta caravana havia um belo homem mascarado. Ele era conhecido como Cigano. Este Cigano tinha os cabelos negros reluzentes, olhar intenso e de alguma fora, aquele simples Cigano lhe despertava tantas sensações desconhecidas que ela esqueceu-se de sua posição de rainha e entregou-se a sedução declarada do estranho cigano.
Ela o arrastou ao seu castelo e lá, por dias e noites seguidas, eles desfrutaram emoções, toques e sabores que ela jamais experimentara. Aproveitaram prazeres inexplicáveis. Era notório o entendimento dos dois. Para ela, a Rainha, ele, aquele belo e estranho Cigano, não era um estranho e sim, um Rei. Queria transformá-lo em dono absoluto de tudo aquilo que ela possuía e de muito mais do que seu corpo, mas dono de sua alma.
Todas as vezes que ela propunha a ele o lugar de destaque ao seu lado, ele apenas ria.
E o tempo foi passando. Tão rápido, mágico...
Até que um dia, a lua tornou-se minguante e a Caravana partiria.
Naquele dia, como se previsse o inicio do fim, ela acordara com um aperto no peito, a boca seca. Recebeu dele o mais intenso beijo e o mais profundo abraço. E depois o viu fazendo as malas. Não podia acreditar que ele iria abandonar tudo aquilo que ela oferecia para voltar à estrada. Pediu que ele ficasse. Implorou, chorou.
Mas o Cigano, alma livre, apenas lhe disse que jamais a esqueceria, que ela fora realmente à única rainha da sua vida, mas que ele era preso a outras histórias, a outras vidas e não poderia tornar-se seu rei. Reuniu suas coisas, beijou-lhe os lábios molhados e partiu. Sem olhar para trás. Assim como chegou, se foi, carregando em uma das carroças, mais do que trouxera. Pois a Rainha lhe dera seu bem mais precioso. O seu coração.
E eles viveram pra sempre! 

Fim! 

* baseado em fatos reais. 

Meias Verdades!!




- Por que  tu nunca disse que me amava?

 - Porque nunca amei!

-  Mas e tudo que ..bem, tudo que...

- Conversa!

- ...as carícias? Os toques..?

- Sexo!

- Mas, espere! Nós nos entendiamos bem, nos divertiamos. Falávamos sobre tudo...eu não entendo.

- Mentiras...

- Sinceramente, não sei nem o que dizer...Como conseguiste fazer tudo isso e por que?

- Sobrevivência!

Então, vira-se e sai, altiva, ocultando uma lágrima no canto dos olhos . Nunca mais voltou!




*"Sobram tantas meias-verdades, que guardo pra mim mesmo.."

           * trecho de  Sobra tanta falta - Carlos Trevisan

Homenagem!!




Sim, este é o tema..
Assistindo agora por toda minha vida anos 80, me vi obrigada a rever a minha vida de um  tempo pra cá e ouvi essa música que eu adoro, mas que na verdade eu nunca quis cantar. Mas essa é a hora. E que hora!!
Hora de viver e acordar pra minha vida que pode e deve ser bem melhor do que está.
Um clássico dos anos 80. ZERO...." Agora eu sei" ou talvez nunca soube....esta é pra você.



"Há muito tempo eu ouvi dizer
Que um homem vinha pra nos mostrar
Que todo o mundo é bom
E que ninguém é tão ruim

O tempo voa e agora eu sei
Que só quiseram me enganar
Tem gente boa que me fez sofrer
Tem gente boa que me faz chorar, me faz chorar

Agora eu sei e posso te contar, posso te contar
Não acredite se ouvir também
Que alguém te ama e sem você
Não consegue viver, não consegue viver

Quem vive, mente
Mesmo sem querer, mesmo sem querer
E fere o outro, não pelo prazer
Mas pela evidente razão, sobreviver

Não é possível mais ignorar
Que quem me ama me faz mal demais
Mas ainda é cedo pra saber
Se isso é ruim ou se é muito bom

O tempo voa e agora eu sei
Que só quiseram me enganar
Tem gente boa que me fez sofrer
Tem gente boa que me faz chorar, me faz chorar

Quem vê o seu rosto
Só pensa no bem, só pensa no bem
Que você pode fazer a quem
Tiver a chance de te possuir, de te possuir

Mal sabe ele como é triste ter, como é triste ter
Amor demais e nada receber
Que possa compensar o que isso traz de dor
O que isso traz de dor

O que isso traz de dor
Por tudo o que isso traz de dor"