Gie Guidet

Nota: Gie Guidet é o psiodonimo de Eugenie Monroe, apesar dela odiar que lhe chamem assim, foi como ficou conhecida no mundo da moda. Essa é mais uma das aventuras deste ser sombrio , que como ela mesmo se intitula  "é um diabo disfarçado". 

  


 Tudo tinha saído como eu imaginara um desfile perfeito. Devo mencionar que, desde mocinha.. Sempre gostei de desenhar e alem de todos os negócios que mantinha, ainda arrumava tempo para me distrair na alta costura. Um hobby que me deixava mais leve, se é que isso podia acontecer. O cenário, um teatro fechado em Nova Iorque, uma antiga construção de mais ou menos três séculos, havia caído como uma luva para a coleção de vestidos de noite que eu desenhara.
Vários tecidos transparente caiam do teto até o chão, deixando o ambiente parecido com um baile de mascaras antigo. E assim minhas "meninas" se apresentaram... todas mascaradas. Uma a uma foram entrando na passarela até a minha entrada. Nos camarins, ouço meu nome e entro vestindo a peça chave de minha coleção. Um longo vestido vermelho, que deixava meus ombros a mostra e uma pequena flor de lótus tatuada próximo ao seio que dava seu toque final. Nem uma jóia nada.


-Senhoras e Senhores, Gie Guidet!

Apenas por 15 minutos fico na passarela, comprimento as modelos e saio de forma estratégica pela porta dos fundos, pois era isso que me atraia. Só a adrenalina dos bastidores! Já com outra roupa, pego meu carro e dirijo ate um badalado restaurante da cidade, freqüentando por um público , digamos, misto... e mal sabiam os humanos que por lá circulavam, que a maioria dos freqüentadores eram um tanto incomuns.Era hora de tratar de outros negócios, afinal, um dos meus melhores informantes, havia padecido alguns dias em minhas mãos e eu precisava de outro com urgência. Na porta um rapaz me esperava.

 -Boa noite Jimmy. 

 Ele apenas acena com a cabeça, segura a minha mão dizendo...

 -Senhorita Monroe!   E ainda arrisca uma piadinha, que uma noite destas podia lhe custar umas gotinhas de sangue.

-Vejo que hoje esta sozinha... Ah ouso dizer que uma pobre alma hoje será corrompida.

 Sorrio de forma maliciosa, eu apenas toco com o indicador em seu queixo e murmuro.

-Cuidado, pois se continuar assim ousado, a próxima será a tua. E não serei piedosa.

Beijo de leve seus lábios e entro, pois afinal, a noite mal havia começado. 

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