Carta para uma ausente!

Olá, como vai?

Por onde tem andando que mal tenho lhe visto? Costumava contemplar teu sorriso doce e confiante todos os dias, mas tenho notado que ele tem sido bem escasso ultimamente.
Será que demoras a retornar? Sim, pois esta tua ausência tem ido muito além das expectativas, minhas e de todo mundo a sua volta.
Eras tão viva e não deixava nada lhe abater. Tinha coragem e fé até naquilo que mais fosse duvidoso.
Onde se escondestes? Existe algum lugar onde possa ter se recolhido e que por algum motivo, tenha esquecido o caminho de volta? Estas com problemas de memória?
Soube por fontes seguras, que foste vista chorando pelos cantos, solitária! Parece que de saudade e certa impotência. Acaso perdeste a fé? Cante...

*"[ ]...Toque a balada do amor inabalável, swing de amor nesse planeta! Mesmo que a gente se separe por uns tempos ou quando você quiser lembrar de mim...[ ]"


Sei que me vai dizer que tem tentado, sei que tem mesmo! Mas tentar não basta.
Tens que voltar, e reagir ao estado letárgico que demoras a sair.
Lembra-te do teu grupo de estudo e do trabalho voluntario que tinha na casa espírita? Tantos ali tinham mais problemas que tu, e sempre, sempre tinha uma palavra de conforto pra dar.
Ah como sinto saudade dos planos de futuro, mesmo sem nenhuma razão de acontecer, apenas por serem feitos. Das lembranças felizes daquele doce novembro.
Sei que ai, ai dentro mesmo de ti, algo ainda faz barulho... Talvez feito ondas a bater nos rochedos, denunciando um mar revolto, ou até o doce ir e vir das de ondas calmas, suaves.
Espero, com toda sinceridade que possa existir dentro do meu coração que retorne! Que não prolongue mais esta tua ausência imposta.
Que olhe bem no fundo de ti de novo e veja que tudo mesmo tem um porque, que a vida une, mas separa por algum motivo que nós, na nossa ignorância não saberemos explicar agora.
Coloque de volta em seu cardápio, sorrisos e flores, das quais tu gostas tanto.
Pense que estamos há alguns passos do Inverno e que seu tempo de reflexão, só acontece durante o Outono... Lembra que sempre disseste que no outono te desfolhavas dos problemas como as folhas das árvores? Então...
Só lhe peço que não prolongues mais esta ausência, pois estamos todos sentindo sua falta.


Um beijo desta que costumava ser você,


Roberta!



*Balada Do Amor Inabalável - Skank