Não, não só canela.
Cheiro de fruta...era isso que a janela escancarada do cômodo deixava entrar .
Eu ali, abraçada a minha perna, ainda lembrava o doce dos teus lábios, mas no mesmo instante o amargo de tuas palavras. Tudo tinha sido tão rápido que nem ao menos me deste tempo para pensar.
"Eu vou, tenho que ir ..."
E se foi, sem ao menos olhar pra trás. E assim deveria ser! - penso.
Quem ameaça não faz, é covarde!
Foste o mais corajoso dos homens e eu, a mais apaixonada das mulheres.
Recosto a cabeça no batente da janela e volto àqueles dias de verão, onde as noites eram intermináveis, com manhãs suaves , cheias de manha com uma pitada de intensidade.
Sinto minhas palavras desconexas em minha própria mente...mas vizualizo sua imagem e sussurro pra ti , mesmo sabendo que não me ouvirias...
" E , olhos postos em ti eu declaro meu doce amor, tendo aqui como testemunha, o perfume das rosas, o aroma das frutas que para mim, tu és o PRÍNCIPIO e o meu FIM..."
3 comentários:
"O amor não conhece fronteiras, nem esbarra na convenção dos limites". (Mônica de Castro)
Lindo texto!
"Volto àquelas tardes de verão, onde as noites eram intermináveis, com manhãs, suaves , cheias de manha e com uma pitada de intensidade".
Nossa Robs, como eu gostaria de ter escrito tudo isso, é tão profundo, é lindo.
Gostei bastante, vc é tão sensível.
Beijo!
Aiai...estes dois comentários foram muito gentis. Muito...muito obrigado.
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