Tu gitana que adivinhás...

Dançar sempre foi minha vontade, às vezes sozinha, tento repetir algumas façanhas, mas ainda sou muito crua e estes passos são muito perfeitos, tem que ter a alma e o coração nos pés. Ainda não consegui, mas sei que um dia eu chego lá. Ilustro hoje um post diferente e imagino o que cada movimento que eu presto tanta atenção, quer dizer para mim...

"Muitas vezes temos que canalizar nossos desejos secretos e difíceis de serem realizados em coisas que nos darão igual ou maior prazer. Dançar será isso para mim. O desejo de ter o que não me pertence e talvez nem nunca tenha me pertencido. O desejo de estar aonde não posso....será todo depositado aqui."

Na magia dos movimentos, na sutileza dos gestos, eu deposito tudo que quero. Mãos que desenham movimentos no ar...seu corpo  uma alma...alguma coisa que eu não posso mais tocar.

"Perfeita!! Eis que eu tenho que tirar tudo da mente e em mais um movimento, agora mais duro e frio, as mãos se tocam como se dissessem...Vai-te daqui...No te quiero mas..."

"E digo: Basta...no puedo !!Tu gitana, que adivinhas, me lo diga pues no lo se, se saldré desta aventura o si en nela moriré? "

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"Minha alma dilacerada diz: 'Nunca te pertenci'...meu corpo diz : " Sempre fui tua".