De substantivo a verbo

Hoje, se me perguntassem, do que tenho saudade, eu diria:
Tenho saudade de escrever historias de amor , crônicas , percepções... Mas todas de amor! 
Romances das minhas vampiras, dores que eu mesma passei, paixões avassaladoras que eu encontrei, perdi..achei. Guardei. 
Eu escreveria sobre a lua... tão bela, clichê, cheia! Abençoada! 
Ah eu falaria sobre os olhos.. não só os que completam o rosto, mas o que olham através da alma. 
Azuis, verdes, castanhos...sinceros! 
Sobre espinhos, que te podem proteger e até mesmo te ferir dependendo de como o encontra. 
Das nuvens, como eu poderia esquecer. Minha paixão de voar de dia vem das nuvens, tão lindas, perfeitas e milimetricamente desenhadas. Plumas...
Do meu desejo incontrolável de conhecer a Itália. Esses dias me peguei pensando que eu não quero mais conhecê-la sozinha, queria que alguém me mostrasse. Com os olhos de quem já viu, sentiu, amou tudo aquilo como eu quero amar. Quem sabe um dia sonhar seja permitido e sobretudo, realizado? 
Falaria das lágrimas que as vezes molham meus olhos só em pensar em algumas coisas que me fizeram, fazem feliz. 
Pensaria nos teus cabelos enroscados nos meus dedos e no perfume que poderia sair deles... tal qual escrevi várias vezes em minhas crônicas. E o tiraria do papel, do enredo e o colocaria bem aqui, do lado esquerdo...ora machucado, ora fechado, em alguns raros momentos esperançoso de que um dia, num futuro não tão distante, viesse a sair de páginas amareladas de livros e folhas riscadas de caderno, e habitasse tão somente, a minha vida. 
Ah se me fosse permitido não só criar, mas sim perpetuar. 


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