Wheelchair, ta sabendo?




Há quase um ano, me tiraram os sobrinhos e eu fiquei muito brava, triste, puta mesmo. 
Mas algumas vezes, carinho e complacência demais, estraga as crianças, então me deram de novo para outros "filhos" para os quais eu já havia me dedicado algumas vezes e dos quais, também sempre fui igualmente apaixonada. 
Esses já são crescidos, adultos e cada um carrega uma história de vida. Boas, nem tanto, mas que fazem da história deles “a história”.
Um tem academia, já jogou profissional, deu aulas, e um dia resolveu ser eletricista. Resumindo, caiu de uma altura imensa e hoje está no esporte de outra forma.
Outra até os 3 anos, era normal, saudável. Uma criança feliz, até um motorista inconsequente acabar com os sonhos da criança e ela ter que mudar a sua vida de forma radical, mas não menos feliz.
Tantas situações e uma coisa em comum, a superação diária através do esporte.
Esse final de semana, estou visitando amigos em um torneio fora do estado.
São dezenas de pessoas trabalhando para o evento e novamente as histórias se entrelaçam.
Uma quadra, raquetes, bolinhas, dois jogadores, claro e duas cadeiras de rodas.
Sua agilidade parece ser menor que a do profissional olímpico, sim, as vezes é mesmo, mas com o tempo todos vão ficando rápidos e ágeis, superando obstáculos e mostrando que sempre que queremos, realmente podemos.
Aos poucos, vou me enturmando mais e entendo um pouquinho sobre assuntos mais técnicos e burocráticos. Fazer projeto para arrecadar dinheiro é uma coisa, entender como funcionam as categorias é outra totalmente diferente. Ainda tenho tanto a aprender e fazer.
Adoro a convivência, as risadas e a troca de experiência ainda pouca para mim, mas estamos trabalhando para melhorar isso.
Crescemos muito (sim, crescemos) porque eu faço parte disso. Eu vejo, tento, remexo e mexo algumas formas de ajudar ainda mais. Muitas vezes sei que a minha vida acaba me impedindo por cansaço, preguiça, sei lá, mas sei que uma hora vai dar certo. Tenho fé.
O dia que quiser sentir-se mais forte, menos reclamão e ver o que entendemos por superar obstáculos, entre no YOUTUBE e procure um jogo de tênis em cadeira de rodas e verá do que tô falando.
Manja a história do assoviar e chupar cana? É quase isso...
  
* Quer saber mais , clique abaixo. 



1 comentários:

Anônimo disse...

É complicado escrever algo tão bonito quanto o que acabei de ler... Então vou cometer um plágio e postar esse texto que simplifica o que penso:
"Sua vida pode ser uma comédia, uma aventura ou uma história de superação, sucesso e amor. Mas pode ser também um drama, uma trajédia ou a monotonia da não-mudança.
Porque todos nós temos tudo isso em nossas vidas. O que muda é como editamos, em quais experiências mantemos o foco e sobre o que falamos.
Fale do drama, e sua vida será um drama. Fale da aventura e a mesma vida será deliciosa."
Eu decidi ser feliz e minha felicidade passa por uma quadra de tênis.
Obrigado Roberta Dentello
Luiz Carlos Ferreira - Atleta do Tênis em Cadeira de Rodas

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