Há alguns dias, visitei um evento de tênis em cadeira de
rodas de um amigo meu em BH. Devo dizer que, particularmente a cidade me
encanta pela culinária, pelo aconchego e pela forma com as pessoas que moram
lá, me tratam.
Claro que tem suas exceções e tem alguns que não gostam tanto de mim assim, mas pra que se importar com 1% se 99% é bem melhor?
Claro que tem suas exceções e tem alguns que não gostam tanto de mim assim, mas pra que se importar com 1% se 99% é bem melhor?
Recentemente, falei sobre esse tipo de esporte aqui no blog
e hoje, como estou chateada e um pouco estressada com a forma que as coisas têm
tomado na minha vida, obedecendo ao meu próprio conselho, vou falar do TCR,
assim eu vejo que na verdade nada é o que parece ser.
Pra isso, tenho que falar do meu amigo, diretor, técnico e
dono do nome que leva esse evento. Pesado, visto que toda a responsabilidade de
um evento, recai sobre o nome que ele leva.
Se fosse simples, não seria divertido certo? E então, como
falamos de superação nas quadras, falemos dela fora também.
Ano passado, quando o evento foi pedido ao órgão máximo do tênis,
não se sabia ao certo como ele seria feito, afinal, fazer um torneio parece
simples quando colocamos no check list, mas na prática, tudo tende a ser um
tanto mais complicado.
Ok, diríamos que, olhando grosseiramente tudo, precisaríamos de
quadras, bolas, água, jogadores, etc. Mas as coisas não são assim. Também, não estou
aqui para dizer como faríamos esses eventos, então deixemos de prosa e vamos ao
que interessa.
No ano passado, tudo era novidade digamos assim, éramos
leigos (sim, porque eu também estava lá e posso dizer que só vi tudo na hora) e
muita coisa acabou sendo acertada de improviso. Mas tínhamos uma coisa chamada,
incentivo financeiro, patrocínio e muita colaboração. Então, os percalços que
apareciam eram facilmente arrumados, porque o grosso estava pronto.
Agora meus amigos, posso dizer que entra aquela parte da superação
que dá nome a minha crônica.
Esse meu amigo, vive rodeado de pessoas que se realizam
todos os dias dentro das quadras e fora dela, porque são pessoas como já disse
em outra postagem, superando a perda de uma parte do seu corpo em cima de uma
cadeira de rodas dentro das quadras. Ele as ajuda e a serem melhores a cada dia no
que escolheram fazer. Treina, se doa, se entrega algumas vezes de corpo, alma e bolso.
Hora de matar mais um leão, porque essa edição, ele tinha
alguns fatores fundamentais para o evento: pessoas dispostas a trabalhar com ou
sem dinheiro envolvido, mas um dos principais itens necessários estava com a
fonte seca. Então, ai que entra a superação OUT. Tudo teria que ser feito com
metade do recurso que foi utilizado no ano anterior. Mas, joga-se aqui...
aperta-se ali. Ganha-se acolá e voilá, tínhamos a Segunda Copa Butija Wheelchair
Tennis Cup 2014 prontinha.
Muitas vezes, fazer algo requer muito trabalho e colaboração
de muita gente e isso, senhores e senhores, eu posso garantir que ali tinha.
Ano passado, cerca de 80 e poucas pessoas participaram deste
evento, nessa edição tínhamos quase 140 pessoas, entre atletas, acompanhantes,
amigos e colaboradores. Foram 04 dias de muita competição, superação, amizade e
muitas risadas, sem contar nas coisas gostosas e eu perdida naquele mercado
maravilhoso onde eu abasteci minha mala do mais puro contrabando mineiro.
Vejo que ainda há muito que aprender por parte de organização
e principalmente de atletas, vi e revi coisas que considero equivocadas, mas
devemos lembrar que estamos lidando com fator humano e fatores comportamentais
são algumas vezes complicados de se lidar, mas considero que é para isso que também
trabalhamos.
Claro que sempre temos coisas a mudar e fazer para melhorar,
mas as coisas são assim mesmo a cada ano ficamos mais fortes, mais experientes
e melhores no que fazemos. Essa é a lei da vida, da nossa vida. Nós que fazemos
nossas escolhas e caminhos que vamos tomar.
E eu escolhi participar mais de tudo isso e ganhei meu
espaço. A partir de agora, poderei visitar alguns eventos que temos no
calendário nacional no decorrer do ano. Próximo mês o que era uma brincadeira
vai virar realidade e o que era meu desejo também.
Espero poder colocar em prática tudo que tenho dentro de mim
e ajudar a melhorar esse esporte que me deram de presente. Nunca sonhei na vida
em trabalhar com tênis, nunca. Era o tipo da coisa que para mim, parecia fazer
parte de uma realidade que não era a minha, mas hoje eu vivo isso, respiro e
como tênis. Porque além de ser a fonte do meu sustento ele que tem mudado minha
forma de ver algumas coisas.
Que eu me capacite, que eu ajude e que eu possa realmente
ser pra eles útil e retribuir o carinho que muitos deles me dão.
Sei que disse ao Léo, que escreveria sobre o evento apenas,
mas eu juro que não consegui. Não sou jornalista, escrevo que o sinto e como
vejo as coisas que me rodeiam. Quem sabe na terceira edição do evento eu esteja
mais preparada jornalisticamente para escrever apenas sobre isso, certo?
E já que estamos falando de superar coisas, eu todavia tenho
cá lançado o meu desafio:
Escrever matérias e
não apenas crônicas.
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