Um brinde às boas lembranças



Ontem, a filha da minha prima fez um aninho. E como todo Buffet Infantil faz, tivemos uma retrospectiva dos melhores momentos do primeiro, de muitos longos  anos da Manuella.
Meus primos eram só sorrisos e a aniversariante, pasmem! Brincou durante a festa inteira. Conheço poucas crianças que aproveitaram tanto a festinha de um ano de vida, enfim.
O caso aqui não é rememorar as fotos da Manu, muitas muitíssimos engraçadas, desde caretas incríveis à jato de leite na boca do pai e sem contar na cena espetacular da MANUELLA assoviando, parece brincadeira.
Falemos das lembranças.
O que seria de nós, pobres mortais sem as tão belas e às vezes tristes lembranças?
Eu, melancólica que sou, enquanto via as fotos do bebê subindo e ouvia a trilha sonora "...Somewhere, over the rainbown...", tão suave!Porém, se por ventura forem procurar o vídeo no Youtube, vão se surpreender e muito. O cara é imenso e tem uma voz super suave, mas isso não vem ao caso. E então começa aquela famosa do Buchecha quando perdeu o Claudinho, aquela bem clichê. Como os bons romances e casos de amor.Bem apropriada devo dizer, lembrava de tantas coisas. De palavras ditas e algumas guardadas. Daquelas que ficaram por tanto tempo escondidas e de repente, foram colocadas pra fora e, com o papel de encerrar um ciclo. De pensar que esse ciclo foi vencido, mas que para alguém como eu que vivo e revivo cada momento, seja tão dolorido.
E, em parte da música, eu e o meu senso crítico, nada racional,  começo a pensar  porque aquela música pode dizer tanto:

*"Avião sem asa, fogueira sem brasa, sou eu assim sem você" . 

Sim, concordo em parte, mas digamos que 50%. Voo nas asas da minha mente e minhas brasas até se acendem com isso às vezes. Ok, depois passa!

*" Eu não existo longe de você, e a solidão é meu pior castigo. Eu conto as horas pra poder te ver, mas o relógio ta de mal comigo". 

Primeiro, sim, eu existo! Pode ser pela metade, pode ser que até mesmo 1/3, mas sim. Existo! A solidão pode ser um castigo.A distância, a separação, a imposição disso é mais que um castigo. Mas nesse caso, existe muito mais coisa envolvida. Contar as horas pra poder te ver? Essa, totalmente inviável. Eu passaria a eternidade contando e pior, "contando" com um super milagre. Não, não. Impossível.

*"Por quê é que tem que ser assim? Se o meu desejo não tem fim. Eu te quero a todo instante e nem mil auto falantes vão poder falar por mim". 

Bom, metade dos porque's, já foi dito há tanto tempo. Um bem especial na verdade. Talvez, o que me fez amar mais e questionar mais. Posso dizer na verdade que neste momento, meu desejo não tem fim. Quero, lembro, penso a todo instante e nem o equipamento de som do Metallica e do Iron junto, poderiam falar por mim. Tudo em mim grita. De tristeza, de felicidade ao mesmo tempo de certezas.
Certeza que de amei e amo, certezas de que realmente fui amada e querida, embora por um curto espaço de tempo. De que tudo tem começo, meio e fim.
Mas eu digo ainda e repito: Um brinde às lembranças, às boas e as más recordações. Essas, nos fazem mais fortes a cada dia. Essas que nos fazem rir e chorar ao mesmo tempo.
De que a vida dá tantas voltas e numa delas pode-se cair novamente onde se quer, ou não! Pode-se cair justamente onde menos se espera.
E olha, devo brindar também o tema, pois sem ele não teria voltado a escrever e confesso, esta semana pensei em abandonar literalmente as minhas escritas, porque não via motivo de continuar.
Mas, resolvi parodiar e montar uma nova visão para a frase de Descartes:

Penso, sinto! Logo, escrevo!

Beijo à todos.

*Fico assim sem você : Bochecha

1 comentários:

Etóile disse...

Num conta pra ninguem, mas eu tava procurando o comentário lá embaixo >.<
ahsuahsua
Eu num existo longe de vc? Existo, ainda que pela metade, foi ótimo!!!
Amo tu...

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