Devaneios em Terceira pessoa


Em verdade , o que ela queria mesmo é que aquilo virasse amor, talvez que fosse apenas da parte dela. Quem sabe?
Mas ela precisava disso... era o que a movia.
Coisas que lhe causavam sensações espalhadas pelo corpo, principalmente a mente.
O farfalhar de ideias , os dedos cocando  pra escrever sobre tudo.
Ele lhe inspirava os mais secretos contos.
Desejos algumas vezes contidos, mas ainda assim,  cheios de certa expectativa e pitadas de luxúria
Ela sabia! Pra ele aquilo não era amor...Era carnal, desejo.
De certa forma, pra ela também, mas ela sempre via um "q " de romantismo.
No seu intimo , ler e lembrar do que ele dizia,  era mais um dos prazeres secretos dela.
Desvendar qualquer mensagem que pudesse parecer subliminar em assuntos tão corriqueiros.

- Que lindo seu cabelo. Adorei assim!- Que saudade de você...

- Gosto de vê-la assim, te sinto perto...-Como consegue fazer isso? Eu já deveria ter ido...!

Ela sorria, embevecida só de lembrar do som da voz dele.

- Gosto do jeito que diz algumas coisas. - Eu também gosto. 

Eles nao tinham nada e ao mesmo tempo, tinham tudo e aquilo, poderia não virar amor, nunca vir a ser amor, mas o fato de fazê-la sorrir, valeria por todo o tempo que isso existisse.

Ela aproveitava os momentos felizes que a vida lhe proporcionava, consciente e (in) conciente, eram momentos felizes.

 

Sintomas



Porque era amor, e o amor não se esquecia assim, adormecia. 
E quando menos se esperava, ele ressurgia naquela página virada, na foto perdida, escondida no livro esquecido, no trecho da música tocada. Como uma pintura guardada no fundo da sua mente que por mais triste que possa parecer, você sempre vai lá e a olha com os olhos de uma crianca que descobre um doce ou um brinquedo novo. Uma cumplicidade parasitária entre você e seu coração. 

Algumas vezes tenho esses lampejos, levanto, faço um curativo, verifico a funcionalidade do órgão. 

Diagnóstico: batendo, mudo, solitário... mas sobrevivendo.

Foi detectada uma falha no Sistema Operacional


Adoro meu blog, adoro mesmo! 

Mas minhas ideias hoje são tão vagas que me irrita tanto, que acabo que vou deixando tudo pra lá.
Eu gosto de contar historias, gosto de mexer com a cabeça das pessoas. 
Gosto de pensar nos meus personagens surreais a viver por ai, mordendo pescoços e desvendando crimes. 
Mas gosto também do simples fato de escrever as crônicas do dia a dia. 
Confesso que na fase que eu era mais romântica e escrevia sobre o meu amor impossível e sobre as minhas vidas de realeza eram mais interessantes. Eu nem pensava muito, as coisas só aconteciam. 
Hoje, eu teria no máximo alguns contos mais quentes, algumas crônicas sem sentido e uma infinidade de possibilidades de escritos começados e inacabados. 
Tenho vivido momentos de indecisão. Voltei a olhar pra mim de uma forma mais introspectiva e isso, tem me deixado meio confusa, ou totalmente, ainda não consegui analisar. 
Tudo virou de ponta cabeça e a perda da esperança em um sentimento puro e duradouro, deu lugar a incertezas e insatisfações que tenho tentando apagar da mente. 
Desse amor, ou melhor, daquele, cujo passado algumas vezes pra mim era de tortura quando lembrado, hoje me arranca suspiros, por simplesmente ter conseguido passar por cima. 
Não consigo mais me ocupar na procura da batida perfeita pra mim, apenas consigo me concentrar numa forma de sobreviver aos meus próprios questionamentos. 
Eu sempre tive pensamentos formados e nunca me deixei levar pela opinião dos outros, mas acho que algumas vezes, tenho a minha fé abalada apenas por um: será? 
Talvez esse seja o motivo mais certo para a minha introspecção. Se eu errar o julgamento que seja por minhas próprias escolhas e se assim tiver que ser, que eu aguente as consequências. 
Sei que é uma fase, sei que apenas um momento confuso na mente e na vida, mas sei lá, vai que demora e que não é como to pensando? 
Ainda pra ajudar, me peguei pensando demais em um determinado assunto e o que eu fiz? Pela primeira vez na vida, corri! Fugi e to fugindo com medo das consequências que isso pode me trazer. 
Maldito dedo podre pra determinadas coisas, malditos hormônios que as vezes me fazem pensar nas coisas de uma forma não muito normal e nada coloquial. 
Ontem vi um filme indicado por uma das minhas insanidades... HER, onde uma pessoa solitária se apaixona perdidamente por um sistema operacional. 
Algumas vezes pensei, quem de nós dois é o SO?
Depois, voltei a pensar em outros assuntos que também tem tomado muito meu tempo e esqueci mais esse possível BUG no meu sistema de inteligência. 

É, hoje, amanhã, daqui um mês eu só quero que o tudo termine bem. 

Obrigado meu aluno querido, por me fazer pensar que eu não sou seu SO e nem tampouco um AI, mas ainda vamos discutir esse assunto, num momento mais oportuno. 
Obrigado por me fazer pensar que algumas coisas podem acontecer, mas que as vezes parece só mais confuso do que realmente é.




Recapitulando

Em algum lugar do mundo, em qualquer dia do calendário e o ano que eu quiser que seja.

Começo sempre incerto para meus escritos, mas era assim que eu gostava de colocar nas anotações quanto não queria que ninguém na verdade as descobrisse.
Eu não tinha conseguido desvendar aquele caso.  Tudo parecia estar em minha frente, evidencias e provas, cenas, coisas desconexas e indícios que, puxa... Teriam que se encaixar mais nada.
Lia e relia tudo e o que eu via era um bando de anotações sem nenhum sentido.
Resolvo então que esse seria um caso encerrado. Não quero mais, não vejo mais, não posso mais.

- Rua maldita. O que eu tinha que fazer naquele beco?

Na verdade, eu deveria era me amaldiçoar, visto que acabei com aquela garrafa de scotch sozinha, sem ajuda nem do copo.
Empurro o lap top e saio até o outro lado da mesa. Apanho a garrafa térmica, pois desde aquela noite, havia trocado meu vicio. Café, era sem duvida mais barato e menos ofensivo. Algumas vezes até me clareava a mente. Chacoalho a bendita e nem uma gota se quer, mais uns passos e chego à cafeteira. Estranho que alguns movimentos pareciam tão mecânicos e estudados que chegava a ser irritante. Encho a xícara e volto a me sentar em frente às anotações.
Algumas coisas não faziam sentido, mas ao mesmo tempo eram tão obvias...
Eu não conseguia pensar com clareza, um passado há tanto esquecido rondava minha porta, como almas penadas perdidas por esse mundo, porem, essas nem umas simples conversa com seres mais esclarecidos fariam com que saíssem de perto de mim, ao contrario, insistiam tanto em rondar a minha mente que algumas vezes queria era calar de uma vez essas vozes.

- Pensa criatura, pensa. Tem que ter algum motivo para que estivesse ali.

Se ao menos ela ainda fosse aquela de outrora. Mas seu pacto com o obscuro há muito tinha lhe tirado os poderes. Mais uma coisa para se arrepender ou uma das únicas que se orgulhar?
Era evidente que aquela situação me faria enxergar certas evidencias com mais clareza, mas não, agora era tarde demais.
Passado, passado... ele poderia ter levado minha memória junto quando me devolveu a vida comum.

Mas ele disse: - “Não pense que isso saíra barato para ti princesa, nunca. Vais lembrar isso para o resto da vida imbecil que vais levar daqui pra frente”.

Ah ele sempre sabia, sempre. E sua advertência ressonava na minha cabeça como o tic tac insuportável do relógio...tic tac tic tac.... medíocre , medíocre, mil vezes medíocre.
Levo a caneca aos lábios, seca!
Droga, nem café eu posso tomar mais. Abaixo- me e lá esta ela, uma pequena garrafinha escondida, guardada para ocasiões como aquela.

- Ah querida, venha me ajudar. 

Eu precisava pensar, e pensar como humana. Ainda me restavam alguns resquícios de imortal, mas nada era como antes, nunca NADA mais seria como antes.

Metade do liquido quente da garrafa desce por minha garganta quente, entorpecente, confortável até eu diria.  Reviver memorias, nem sempre era uma tarefa fácil. 

Era um pra ser um post sério.

Queridos, estava escrevendo sobre a minha viagem ao Uruguai, mas tive pequenos problemas pelo caminho ( uma tequila e três cubas), portanto meu post sobre isso terá que esperar um pouco.

Posso dizer, aproveitando que me encontro um  tanto estranha que, tenho sentido saudade de coisas que eu nem me lembrava mais e outras que tive em minhas mãos uma unica vez, mas que me fez tão feliz que até hoje eu me lembro.

Passei o dia na minha casa sem fazer nada, assisti pela enésima vez O SENHOR DOS ANEIS , lembrando desse que tive uma vez e daquele que amei por anos.

Uma pessoa voluvel? Ah não... apenas uma saudosa incurável.

Só tenho tido aventuras, mas meu coraçao não anda muito feliz com essa minha vida de INDIANA JONES dos relacionamentos. Quero, necessito e preciso de um novo amor.

Eu era tão feliz quando eu amei aquele lá. Quando tudo que eu queria, via e pensava era em como eu poderia agrada-lo..

Hoje eu até que penso isso com outro gaucho, mas não me permite colocar aqui nesse horario, apenas apos as 12 badaladas da meia noite.

Ja escrevi besteiras demais, mas pra um sabado a noite, ta valendo.

Era só pra não perder o post.

beijo, bom sabado de tédio.







Melancolia

"Sinto saudade do tempo que apenas um "pêssego" me satisfazia. 

Hoje, nem uma salada de fruta inteira". 



 

Solitária incurável ou uma medrosa de carterinha?


Há alguns meses atrás conheci alguém.

Na verdade, achei que conhecia. Incrível a capacidade do ser humano em se mostrar uma pessoa uma hora e na outra, simplesmente ser outra. 
A grande teoria do MEDICO e o MONSTRO, HULK e DAVID BENNER, essas coisas. 
Nunca se sabe verdadeiramente quem é essa ou aquela pessoa, leva tempo , as vezes anos e nem nessa vida as vezes se consegue acertar. 
Enfim... 
Levei algum tempo pensando se deixava que ele entrasse na minha vida e que eu, sobretudo criasse coragem para me abrir novamente para alguém. 
Vale lembrar que, há anos não tenho um namorado e confesso, muitas vezes já tentei entender de quem era a culpa ou se realmente existia um culpado. 
Falar assim dos meus medos, que não no consultório da minha psiquiatra é um tanto estranho, mas uma hora a gente se desnuda de tantos pudores que esse, passa a ser apenas um detalhe. 
Certa vez me apaixonei perdidamente por alguém que nunca correspondeu o meu amor, pelo menos assim ele dizia, ou queria que eu pensasse, Eu sofri, sofri muito. Até que enfim eu esqueci e embora ele ainda permaneça bem vivo em minha memória, são apenas lembranças. 
Boas lembranças de quem não teve medo de experimentar e então me dei, me doei, me entreguei de tal maneira que nunca mais fui à mesma. 
Talvez esse pedaço de mim que ele levou seja aquele que ainda acredita nas pessoas. 
Bom, mas o que acontece é que eu então pensei: Por que não? De repente pode ser uma boa! Ele tem se mostrado interessado, gentil, fez algumas declarações e ai, a surpresa. 
Louco, bipolar, estranho, medroso, ciumento! Um Ogro, mas que por algum tempo me fez rir tanto e sentir coisas boas que na verdade, ainda não entendi nada do que aconteceu. 
E ai, veio à frustração, errei de novo ou será que não dou sorte? 
Errei de novo ou será que não dou sorte? 

Sim, martelava... Martelava. 

Não há receita, não há acertos ou erros, mas sim expectativas, experiências, tentativas e, sobretudo pré-disposição pra aceitar defeitos e qualidades dos outros. 
Cada ser é único e te faz sentir bem ou mal em questão de segundos. Impressões que podem marcar o resto da sua vida ou servir de experiências para as próximas. 

Sim, hoje me sinto uma pessoa sozinha. Que me perdoem meus amigos que tanto amo, mas a minha solidão é diferente. 
Quero compartilhar sorrisos e abraços, mas com um amor diferente daquele que tenho por vocês. Quero colo, mas quero colo com chamego e dengo. 

Quero, quero... Quando na verdade eu deveria dizer espero.
Espero que um dia eu me desnude novamente dos medos e volte a amar e me entregar novamente, mas sempre lembrando...

"APRECIE COM MODERAÇÃO, CORAÇÃO FALTANDO PEDAÇOS". 

Se bem que isso não combina com meu temperamento intempestivo algumas vezes. Sou escorpiana pow!! 

Dá um desconto. Que me desculpem aqueles que pensam que estou reclamando da vida, nunca!  A vida está ai pra ser vivida, experimentada e nem sempre é como queremos, nos falta entendimento.
A determinação por hora deu tempo e foi-se pra longe. Pelo menos nas coisas que dizem respeito a sentimentos. Amor é pros fracos! (ok eu repito baixinho todo dia pra não me deixar desanimar mais).

Ok, melancolia hoje bateu e se instalou, mas logo melhoro! Nada como uma boa vassoura e algumas flores novas pra decorar minha casa não curem a minha neura de hoje. 

That`s all folks!!