Diário de bordo 2503

2503

Sim, o mês nem acabou e o outono mal começou, mas tanta coisa já aconteceu nesse tempo, no tempo desse novo ano que parece que se apresentou ontem pra gente. 
Perdi coisas, mas ganhei tantas outras que se não fosse a importância destas perdas, nem precisariam ser comentadas. 
Estamos aqui neste mundo como espiação, aprendizes, peões de nosso próprio destino, mas alguns claro demoram muito pra entender tal coisa. 
Você se gaba aos 4 ventos que conhece fulano ou fulana, mas de repente, vê , apenas se olhando no espelho que as vezes, nem você mesmo se conhece ou reconhece. 
Há cerca de alguns meses, perdi um amigo, achei que fosse, é , não sei ainda... talvez. Mas nesse momento da nossa vida ele não é mais, pois como ele mesmo me disse: " doa em quem doer" escolhas são necessárias e nem sempre estamos nela. Dito isso, eu retruquei que tinha entendido e que já estava de saída. Que fosse feliz (sim, porque prezo a felicidade dele independente de qualquer escolha) e segui minha vida. Chorei, ah chorei e foi muito. Não conseguia parar de chorar, pois me considerei traída, mas olha, eu me traí, não ele. Eu pensei que tudo poderia ser diferente, mas , óbvio que depois de tantas rusgas e ofensas sem sentido, não daria mais mesmo; Seguimos então, cada qual no mundo que decidiu viver, O meu da verdade, ele tomara que seja realmente o do amor. Enfim.. 
Passado esse episódio, vamos para as mudanças boas que sempre acontecem na nossa vida. 
Passei minha virada de ano, pensando como seria minha iniciação espiritual, se tranquila, se confusa. Eu tinha tantas dúvidas, mas eu sabia que tudo aconteceria de uma forma não tão simples, pois alguns obstáculos eu já sabia que enfrentaria, mas na sua maioria o aprendizado e o amor, superam qualquer desavença. 
Conquistei uma coisa que queria há muito tempo, estudar de novo, isso para mim será uma nova busca para tudo. ME firmar em um tempo que as vezes, pensava... acabou!! Mas não, ele nunca acaba, só é cortado em fátias para que consiga fazer de tudo um pouco. 
Algumas áreas ainda precisam de cuidados, e tem sido levadas um pouco mais à serio que das outras vezes, pois vi que era ao meu ver, um mal necessário à minha vida. Abrir corações e mentes ao mesmo tempo, não é trabalho fácil, principalmente quando se perde a fé em algumas coisas. Mas ela não se perde na verdade,adormece,  e quando menos se espera, desperta. 
Ok, estou tentando... não tá fácil, porque sou MUITO exigente, eu sei disso. Mas estou tentando. 
Devo confessar que 30 meses depois, eu ainda sinto a mesma coisa e sorrio da mesma forma quando lembro de uma pessoa. 
Acho que uma das melhores coisas da vida é sorrir com as lembranças, essa me arrepia e me faz sorrir sempre. Ainda que as vezes fiquemos 90 dias sem nos ver e depois tendo 20 minutos apenas para dizer, sinto saudade eu também, estou muito cansado , vá se cuidar. 
Me faz sorrir, me faz pensar, me faz apesar de tudo, praticar o desapego, mesmo querendo pegar com toda minha força, rs! 
Para alguns que me conhecem  as opiniões se divergem. Para minha terapeuta, essa é uma fuga, o que eu mesmo disse à ela que pensava desta forma.  Se eu não posso te cobrar nada, você também não tem esse direito, portanto, não sou obrigado a compartilha-lo com mais ninguém, só comigo e os "comigos" de mim. 
Para meus amigos, eu sou tonta. Adorar uma pessoa que claramente, tem outra vida. Mas enquanto esse certo que todo mundo diz que temos não aparece porque ainda não é hora, vou fazendo minhas tentativas. 
Mas acho que o que mais tem sido bom nesse tempo todo são minhas segundas (enquanto não vem as aulas) e as quintas... onde tenho outra família. 
E sou grata por ter sido "acordada" para minha obrigação na terra. 
Ah, como posso deixar de escrever sobre uma coisa também que está me deixando feliz e ponderada ao mesmo tempo, porque sei que excesso de amor, pode sufocar todo, mas meu Sobrinho, Meu Felipe está pra chegar... e ele será tão amado e respeitado quanto foi o meu primeiro Felipe, há 20 e tantos anos atrás que mesmo não tendo meu sangue, pra sempre terá o meu amor. 




R.I.P

Tentei escrever sobre a morte de tudo isso.. era a morte do cotidiano que escrevi e acredito que foi onde perdi, sem querer acreditar ainda nisso.
Escrevo, mais como uma pessoa normal do que uma aspirante a escritora.
O que me deixa mais confusa é o por quê que esse tipo de coisas tem que acontecer comigo?
Por quê cargas d'água tenho que encontrar essas almas há muito perdidas por mim e elas me deixarem de novo e sem nenhum aviso prévio?
Escrevo hoje, apenas com vontade de por pra fora minha indignação, porque as pessoas não acreditam em nada que seja desinteressado e sincero e eu fui.. mais do que possa imaginar.
Doei o que tinha de melhor e lhe disse isso, mas não quis acreditar.
Agora paira sobre minha mente a dúvida: Foi porque ficou com medo? Foi porque não gosta mais?
Foi porque era pra ser deste jeito.
Óbvio que dói , eu seria muito tonta em dizer que não dói, mas tenho feito todo um trabalho para me desintoxicar disso.
Mas gostaria de entender porque ainda sou torturada pela minha mente quando me lembro de qualquer coisa relacionada ao assunto.
É um efeito colateral eu penso, uma sequencia de sensações:

- penso
- sorrio
- me arrepio

Tenho um buraco que parece aberto de novo. Penso todos os dias e peço para que eu me cure disso tudo, mas que não me feche, que eu não tenha medo.

Aqui jaz uma pessoa comum,
Sincera, sonhadora e boba.
Aqui jaz uma pessoa franca
que disse tudo que sentia e pensava e que na verdade,
Foi mal interpretada.
Mais uma vez...
Aqui jaz alguém que ao invés de se arrepender,
resolveu compreender coisas que nem a sua vã filosofia saberia explicar.


Azul-ejos

Ah rapaz.... ela é boa demais, mas quando ela cansa...ah ela cansa.
Ela faz de tudo para chamar sua atenção, lhe escreve, compara-te aos mais lindos ou sarcásticos poemas, isso depende de como ela está nesse dia e tu, o que faz?
Nada, o medo te domina, mas ela não... ela não tem medo.
Sempre foi verdadeira e aos poucos, já perdeu todos os bens mais preciosos que ela possuía.
Mas ainda assim, rega todos os dias o jardim da imaginação e pensa o quanto seria bom se as sementes se multiplicassem.
Não, ela não é boba, ela sonha! E quem não sonha na vida? Quem dorme e não sonha ou tem problemas de insônia ou coisas mais sérias.
Ok, algumas vezes pensa muito adiante e faz um filme na cabeça onde geralmente, algo não sai como ela quer. Talvez se antecipe, afim de não ter que mudar os planos ou desistir deles.
Mas, ao mesmo tempo que ela liga o processador dentro da mente dela, onde pensa sobretudo no quanto ela sente falta de algumas coias, ela sorri... Sorri e lembra do quanto se divertiu lendo as tirinhas que lhe mandaram, quanto sentiu seus pelos arrepiaram com uma frase enviada na madrugada no meio mais arcaico e eficiente de ligar uma pessoa a outra. Na palavra dita em orações e no seu desejo desenfreado de arrumar seus ensinamentos de um forma que atinja o seu propósito, puro e interessado.
E sorrindo, ela mais uma vez brinca com a água, olha em volta e pensa que se tem um lugar onde ela guarda os pensamentos que são só dela, é ali...entre as nuvens pintadas num céu de azul-ejos.


Resumo

Meus dias se resumem a muito trabalho e muita saudade.

Não necessariamente nessa mesma ordem...


Confissão

A arte de falar tudo que se pensa, que se quer, que se tem vontade para os azulejos do banheiro, 
Perguntar, responder e ainda argumentar, se emocionar...
Eu domino.

Confesso, nunca fui sã. 


Só mais um besteirol de uma mente nada normal.

E vamos antecipar um pouco o post do final do ano.
Talvez resoluções de final de ano sejam extremamente clichês e eu não posso mais permitir que a rotina tome conta de  mim, pelo menos não essa que me encontro.
Esse ano, como todos os outros fiz mil coisas. Mil coisas cansativas e mil coisas compensadoras também, ainda bem que se for  pela lei da compensação esta tudo zerado, então 1000 perdidos compensam as 1000 encontradas. Enfim...
Trabalhei demais, muito mesmo. Mas te todas as minhas correrias, tirei proveito como sempre de alguma coisa.
Tenho um defeito imenso, o de não saber errar... e com isso erro ainda muito mais que se lidasse bem com tudo.
Erros e acertos fazem parte do nosso aprendizado. Em alguns minha margem de acerto é bem satisfatória, mas noutros casos, sou um fracasso!
Não dou uma bola dentro.
Esse ano saí de ferias! Férias mesmo. Daquelas de viajar e esquecer um pouco dos problemas, embora alguns estejam sempre nos rondando, mas posso dizer que aproveitei.
Visitei amigos, conheci outros, vi lugares que meus olhos nunca vão esquecer, porque viajar, dentro do seu país tem coisas espetaculares.
Claro que quero um dia visitar mais lugares fora do meu, mas aqui temos tantas coisas ricas que vale bem a pena.
Dentre tudo isso, acho que ver e estar com amigos, é o que vale mais a pena.
Conhecer pessoas novas sempre foi umas das coisas que mais gostei e graças a Deus, sou bem comunicativa e faço amizade bem depressa.
Muitas vezes, desejei não falar tanto. Em nenhum aspecto da vida, nem muito nem pouco, mais nada. Mudei demais, mas esta ainda continua sendo a minha lição mais difícil e muitas vezes nem faço por mal, faço porque obedeço meu instinto idiota e me ferro.
Digamos que consigo seguir o "guarde para si" em 70% das vezes, ou seja, falta muito ainda.
Bom, toda essa baboseira é apenas para tirar um pouco de coisas de dentro da minha cabeça, deixar aqui onde SÓ EU MESMO me aproximo.

Ai invés de dizer o quão louco eu sou, devo falar na mesma proporção do tanto de coisas boas que tive esse ano e até as que não tive, porque mantenho fiel a palavra da oração "Livra-nos Senhor de todo mal"

- obrigado ao ano profissional que entre uma bronca e outra me proporciona sempre um excelente crescimento e aprendizado, na hora eu choro, como criança no jardim da infância, mas depois agradeço e sigo em frente.
- obrigado ao meus superiores que no meio do caos de um evento grande e onde estavamos sendo derrotados depois de tanto trabalho, me deixou tirar ferias e ir ao evento que mais adoro com pessoas incríveis e com um idealizador ainda mais.
- aos amigos que me proporcionaram isso. Me dando , abrigo, passagens, passeios e sorrisos.
Se eu fui mal criada com algum de vocês, obedeci a um instinto imaturo e egoísta.
- aos meus ensinamentos espirituais que enfim, me fizeram que agora é tempo de plantar outra coisa pra colher mais tarde frutos melhores e mais fortificados.

Gratidão por perceber que me sinto meio vazia e sozinha as vezes, mas também por entender que essa é uma consequência dos meus atos e dos meus passos, que certamente, um dia me levarão ao verdadeiro nirvana da alma...







Os meus "doces novembros"

Definitivamente, Novembro realmente deveria ser considerado meu mês. Não de aniversário, mas porque muita coisa boa aconteceu em alguns Novembros de alguns anos.
E pensando cá com meus botões, penso que muita coisa entre uma história e outra é semelhante, mas que raios esse destino faz comigo e me prega essas peças sem o menor cabimento ou pelo menos, sem uma explicação racional. 
Eu preciso de explicações racionais, sempre! 
Mas vamos lá... 
Era uma vez um Novembro de um ano qualquer.. eles se encontram pela primeira vez. 
Passaram 5 dias e 5 noites, se conhecendo e se "aproveitando" e assim eles ficaram por um tempo. Riram, juraram, se amaram e partiram. Cada um para o seu lado, cada qual com sua vida, sonhos e escolhas. 
Talvez, nunca tenham se esquecido , mas o que aprenderam? Ou ao menos o que ela aprendeu? Todos que passam por sua vida, deixam marcas, tem um por quê e você nem sempre saberá o real motivo de tudo isso e muitas vezes,  melhor é viver e não entender...
E então, veio outro Novembro e eles se conheceram por acaso, riram, conversaram, se entenderam, talvez se reconheceram, pois em muitas almas perdidas no mundo, acabaram por se encontrar.
Dizem por ai, que almas afins se acham e se entendem, e assim sendo, se "acharam". 
Naquele dia de novembro de outro ano qualquer, conheceram a intimidade. Não de duas pessoas que trocam energias, mas cumplicidades e verdades. 

"..Seu cabelo é lindo... seus olhos também... como você mente.. eu nunca minto, só arrumo formas de não pensar...você é muito bobo..."

E assim vão vivendo, ora separados por longos períodos, ora por algumas polegadas ou por vários kilometros,
Ela pensa nele em muitos momentos e sempre tem as mesmas reações. Um arrepio feito corrente elétrica e um sorriso largo estampando seu rosto.  Ele, quem sabe pense nela da mesma forma? 
Vai saber...tudo é possível. 

Por um mundo com mais novembros e  dezembros e janeiros... intensos, reluzentes, apaixonantes, completos! 

"...aquelas doces tardes de novembro que eu nunca mais esqueci.."