Da série lições da vida - parte 2






Da minha vida e dos meus tropeços sei eu, e a partir de agora até das minhas felicidades eu serei a unica a saber... 

Da série: lições da vida


As vezes você espera tanto uma noticia e quando finalmente recebe, não tem mais o que fazer com ela a não ser deixar gravada na memória como mais uma lição: 
"quem acredita sempre alcança, mas algumas vezes cansa".

Wheelchair, ta sabendo?




Há quase um ano, me tiraram os sobrinhos e eu fiquei muito brava, triste, puta mesmo. 
Mas algumas vezes, carinho e complacência demais, estraga as crianças, então me deram de novo para outros "filhos" para os quais eu já havia me dedicado algumas vezes e dos quais, também sempre fui igualmente apaixonada. 
Esses já são crescidos, adultos e cada um carrega uma história de vida. Boas, nem tanto, mas que fazem da história deles “a história”.
Um tem academia, já jogou profissional, deu aulas, e um dia resolveu ser eletricista. Resumindo, caiu de uma altura imensa e hoje está no esporte de outra forma.
Outra até os 3 anos, era normal, saudável. Uma criança feliz, até um motorista inconsequente acabar com os sonhos da criança e ela ter que mudar a sua vida de forma radical, mas não menos feliz.
Tantas situações e uma coisa em comum, a superação diária através do esporte.
Esse final de semana, estou visitando amigos em um torneio fora do estado.
São dezenas de pessoas trabalhando para o evento e novamente as histórias se entrelaçam.
Uma quadra, raquetes, bolinhas, dois jogadores, claro e duas cadeiras de rodas.
Sua agilidade parece ser menor que a do profissional olímpico, sim, as vezes é mesmo, mas com o tempo todos vão ficando rápidos e ágeis, superando obstáculos e mostrando que sempre que queremos, realmente podemos.
Aos poucos, vou me enturmando mais e entendo um pouquinho sobre assuntos mais técnicos e burocráticos. Fazer projeto para arrecadar dinheiro é uma coisa, entender como funcionam as categorias é outra totalmente diferente. Ainda tenho tanto a aprender e fazer.
Adoro a convivência, as risadas e a troca de experiência ainda pouca para mim, mas estamos trabalhando para melhorar isso.
Crescemos muito (sim, crescemos) porque eu faço parte disso. Eu vejo, tento, remexo e mexo algumas formas de ajudar ainda mais. Muitas vezes sei que a minha vida acaba me impedindo por cansaço, preguiça, sei lá, mas sei que uma hora vai dar certo. Tenho fé.
O dia que quiser sentir-se mais forte, menos reclamão e ver o que entendemos por superar obstáculos, entre no YOUTUBE e procure um jogo de tênis em cadeira de rodas e verá do que tô falando.
Manja a história do assoviar e chupar cana? É quase isso...
  
* Quer saber mais , clique abaixo. 



Devaneios em Terceira pessoa


Em verdade , o que ela queria mesmo é que aquilo virasse amor, talvez que fosse apenas da parte dela. Quem sabe?
Mas ela precisava disso... era o que a movia.
Coisas que lhe causavam sensações espalhadas pelo corpo, principalmente a mente.
O farfalhar de ideias , os dedos cocando  pra escrever sobre tudo.
Ele lhe inspirava os mais secretos contos.
Desejos algumas vezes contidos, mas ainda assim,  cheios de certa expectativa e pitadas de luxúria
Ela sabia! Pra ele aquilo não era amor...Era carnal, desejo.
De certa forma, pra ela também, mas ela sempre via um "q " de romantismo.
No seu intimo , ler e lembrar do que ele dizia,  era mais um dos prazeres secretos dela.
Desvendar qualquer mensagem que pudesse parecer subliminar em assuntos tão corriqueiros.

- Que lindo seu cabelo. Adorei assim!- Que saudade de você...

- Gosto de vê-la assim, te sinto perto...-Como consegue fazer isso? Eu já deveria ter ido...!

Ela sorria, embevecida só de lembrar do som da voz dele.

- Gosto do jeito que diz algumas coisas. - Eu também gosto. 

Eles nao tinham nada e ao mesmo tempo, tinham tudo e aquilo, poderia não virar amor, nunca vir a ser amor, mas o fato de fazê-la sorrir, valeria por todo o tempo que isso existisse.

Ela aproveitava os momentos felizes que a vida lhe proporcionava, consciente e (in) conciente, eram momentos felizes.

 

Sintomas



Porque era amor, e o amor não se esquecia assim, adormecia. 
E quando menos se esperava, ele ressurgia naquela página virada, na foto perdida, escondida no livro esquecido, no trecho da música tocada. Como uma pintura guardada no fundo da sua mente que por mais triste que possa parecer, você sempre vai lá e a olha com os olhos de uma crianca que descobre um doce ou um brinquedo novo. Uma cumplicidade parasitária entre você e seu coração. 

Algumas vezes tenho esses lampejos, levanto, faço um curativo, verifico a funcionalidade do órgão. 

Diagnóstico: batendo, mudo, solitário... mas sobrevivendo.

Foi detectada uma falha no Sistema Operacional


Adoro meu blog, adoro mesmo! 

Mas minhas ideias hoje são tão vagas que me irrita tanto, que acabo que vou deixando tudo pra lá.
Eu gosto de contar historias, gosto de mexer com a cabeça das pessoas. 
Gosto de pensar nos meus personagens surreais a viver por ai, mordendo pescoços e desvendando crimes. 
Mas gosto também do simples fato de escrever as crônicas do dia a dia. 
Confesso que na fase que eu era mais romântica e escrevia sobre o meu amor impossível e sobre as minhas vidas de realeza eram mais interessantes. Eu nem pensava muito, as coisas só aconteciam. 
Hoje, eu teria no máximo alguns contos mais quentes, algumas crônicas sem sentido e uma infinidade de possibilidades de escritos começados e inacabados. 
Tenho vivido momentos de indecisão. Voltei a olhar pra mim de uma forma mais introspectiva e isso, tem me deixado meio confusa, ou totalmente, ainda não consegui analisar. 
Tudo virou de ponta cabeça e a perda da esperança em um sentimento puro e duradouro, deu lugar a incertezas e insatisfações que tenho tentando apagar da mente. 
Desse amor, ou melhor, daquele, cujo passado algumas vezes pra mim era de tortura quando lembrado, hoje me arranca suspiros, por simplesmente ter conseguido passar por cima. 
Não consigo mais me ocupar na procura da batida perfeita pra mim, apenas consigo me concentrar numa forma de sobreviver aos meus próprios questionamentos. 
Eu sempre tive pensamentos formados e nunca me deixei levar pela opinião dos outros, mas acho que algumas vezes, tenho a minha fé abalada apenas por um: será? 
Talvez esse seja o motivo mais certo para a minha introspecção. Se eu errar o julgamento que seja por minhas próprias escolhas e se assim tiver que ser, que eu aguente as consequências. 
Sei que é uma fase, sei que apenas um momento confuso na mente e na vida, mas sei lá, vai que demora e que não é como to pensando? 
Ainda pra ajudar, me peguei pensando demais em um determinado assunto e o que eu fiz? Pela primeira vez na vida, corri! Fugi e to fugindo com medo das consequências que isso pode me trazer. 
Maldito dedo podre pra determinadas coisas, malditos hormônios que as vezes me fazem pensar nas coisas de uma forma não muito normal e nada coloquial. 
Ontem vi um filme indicado por uma das minhas insanidades... HER, onde uma pessoa solitária se apaixona perdidamente por um sistema operacional. 
Algumas vezes pensei, quem de nós dois é o SO?
Depois, voltei a pensar em outros assuntos que também tem tomado muito meu tempo e esqueci mais esse possível BUG no meu sistema de inteligência. 

É, hoje, amanhã, daqui um mês eu só quero que o tudo termine bem. 

Obrigado meu aluno querido, por me fazer pensar que eu não sou seu SO e nem tampouco um AI, mas ainda vamos discutir esse assunto, num momento mais oportuno. 
Obrigado por me fazer pensar que algumas coisas podem acontecer, mas que as vezes parece só mais confuso do que realmente é.




Recapitulando

Em algum lugar do mundo, em qualquer dia do calendário e o ano que eu quiser que seja.

Começo sempre incerto para meus escritos, mas era assim que eu gostava de colocar nas anotações quanto não queria que ninguém na verdade as descobrisse.
Eu não tinha conseguido desvendar aquele caso.  Tudo parecia estar em minha frente, evidencias e provas, cenas, coisas desconexas e indícios que, puxa... Teriam que se encaixar mais nada.
Lia e relia tudo e o que eu via era um bando de anotações sem nenhum sentido.
Resolvo então que esse seria um caso encerrado. Não quero mais, não vejo mais, não posso mais.

- Rua maldita. O que eu tinha que fazer naquele beco?

Na verdade, eu deveria era me amaldiçoar, visto que acabei com aquela garrafa de scotch sozinha, sem ajuda nem do copo.
Empurro o lap top e saio até o outro lado da mesa. Apanho a garrafa térmica, pois desde aquela noite, havia trocado meu vicio. Café, era sem duvida mais barato e menos ofensivo. Algumas vezes até me clareava a mente. Chacoalho a bendita e nem uma gota se quer, mais uns passos e chego à cafeteira. Estranho que alguns movimentos pareciam tão mecânicos e estudados que chegava a ser irritante. Encho a xícara e volto a me sentar em frente às anotações.
Algumas coisas não faziam sentido, mas ao mesmo tempo eram tão obvias...
Eu não conseguia pensar com clareza, um passado há tanto esquecido rondava minha porta, como almas penadas perdidas por esse mundo, porem, essas nem umas simples conversa com seres mais esclarecidos fariam com que saíssem de perto de mim, ao contrario, insistiam tanto em rondar a minha mente que algumas vezes queria era calar de uma vez essas vozes.

- Pensa criatura, pensa. Tem que ter algum motivo para que estivesse ali.

Se ao menos ela ainda fosse aquela de outrora. Mas seu pacto com o obscuro há muito tinha lhe tirado os poderes. Mais uma coisa para se arrepender ou uma das únicas que se orgulhar?
Era evidente que aquela situação me faria enxergar certas evidencias com mais clareza, mas não, agora era tarde demais.
Passado, passado... ele poderia ter levado minha memória junto quando me devolveu a vida comum.

Mas ele disse: - “Não pense que isso saíra barato para ti princesa, nunca. Vais lembrar isso para o resto da vida imbecil que vais levar daqui pra frente”.

Ah ele sempre sabia, sempre. E sua advertência ressonava na minha cabeça como o tic tac insuportável do relógio...tic tac tic tac.... medíocre , medíocre, mil vezes medíocre.
Levo a caneca aos lábios, seca!
Droga, nem café eu posso tomar mais. Abaixo- me e lá esta ela, uma pequena garrafinha escondida, guardada para ocasiões como aquela.

- Ah querida, venha me ajudar. 

Eu precisava pensar, e pensar como humana. Ainda me restavam alguns resquícios de imortal, mas nada era como antes, nunca NADA mais seria como antes.

Metade do liquido quente da garrafa desce por minha garganta quente, entorpecente, confortável até eu diria.  Reviver memorias, nem sempre era uma tarefa fácil.