R.I.P

Tentei escrever sobre a morte de tudo isso.. era a morte do cotidiano que escrevi e acredito que foi onde perdi, sem querer acreditar ainda nisso.
Escrevo, mais como uma pessoa normal do que uma aspirante a escritora.
O que me deixa mais confusa é o por quê que esse tipo de coisas tem que acontecer comigo?
Por quê cargas d'água tenho que encontrar essas almas há muito perdidas por mim e elas me deixarem de novo e sem nenhum aviso prévio?
Escrevo hoje, apenas com vontade de por pra fora minha indignação, porque as pessoas não acreditam em nada que seja desinteressado e sincero e eu fui.. mais do que possa imaginar.
Doei o que tinha de melhor e lhe disse isso, mas não quis acreditar.
Agora paira sobre minha mente a dúvida: Foi porque ficou com medo? Foi porque não gosta mais?
Foi porque era pra ser deste jeito.
Óbvio que dói , eu seria muito tonta em dizer que não dói, mas tenho feito todo um trabalho para me desintoxicar disso.
Mas gostaria de entender porque ainda sou torturada pela minha mente quando me lembro de qualquer coisa relacionada ao assunto.
É um efeito colateral eu penso, uma sequencia de sensações:

- penso
- sorrio
- me arrepio

Tenho um buraco que parece aberto de novo. Penso todos os dias e peço para que eu me cure disso tudo, mas que não me feche, que eu não tenha medo.

Aqui jaz uma pessoa comum,
Sincera, sonhadora e boba.
Aqui jaz uma pessoa franca
que disse tudo que sentia e pensava e que na verdade,
Foi mal interpretada.
Mais uma vez...
Aqui jaz alguém que ao invés de se arrepender,
resolveu compreender coisas que nem a sua vã filosofia saberia explicar.


Azul-ejos

Ah rapaz.... ela é boa demais, mas quando ela cansa...ah ela cansa.
Ela faz de tudo para chamar sua atenção, lhe escreve, compara-te aos mais lindos ou sarcásticos poemas, isso depende de como ela está nesse dia e tu, o que faz?
Nada, o medo te domina, mas ela não... ela não tem medo.
Sempre foi verdadeira e aos poucos, já perdeu todos os bens mais preciosos que ela possuía.
Mas ainda assim, rega todos os dias o jardim da imaginação e pensa o quanto seria bom se as sementes se multiplicassem.
Não, ela não é boba, ela sonha! E quem não sonha na vida? Quem dorme e não sonha ou tem problemas de insônia ou coisas mais sérias.
Ok, algumas vezes pensa muito adiante e faz um filme na cabeça onde geralmente, algo não sai como ela quer. Talvez se antecipe, afim de não ter que mudar os planos ou desistir deles.
Mas, ao mesmo tempo que ela liga o processador dentro da mente dela, onde pensa sobretudo no quanto ela sente falta de algumas coias, ela sorri... Sorri e lembra do quanto se divertiu lendo as tirinhas que lhe mandaram, quanto sentiu seus pelos arrepiaram com uma frase enviada na madrugada no meio mais arcaico e eficiente de ligar uma pessoa a outra. Na palavra dita em orações e no seu desejo desenfreado de arrumar seus ensinamentos de um forma que atinja o seu propósito, puro e interessado.
E sorrindo, ela mais uma vez brinca com a água, olha em volta e pensa que se tem um lugar onde ela guarda os pensamentos que são só dela, é ali...entre as nuvens pintadas num céu de azul-ejos.


Resumo

Meus dias se resumem a muito trabalho e muita saudade.

Não necessariamente nessa mesma ordem...