Mensagem pra você.

k,

Na verdade, nem sei por onde começar. Acho que no decorrer destes anos que lhe conheço sempre pensei que já tivesse lhe dito tudo. Em verdade, acredito que nunca dizemos tudo que pretendemos a ninguém.
Nunca lhe disse por exemplo nada que me aborrecia em muita coisa, na minha casa, nos amigos, em você mesmo. Porque talvez eu pensasse que, tudo que acontecia de maravilhoso, compensava todo o resto.
Me lembro como se fosse hoje ainda de como nos conhecemos e de como tudo aconteceu tão rápido. Eu senti tanto medo, porque não queria me envolver, não queria nada pois me sentia triste por pensar que "amava" uma pessoa. Estranho como existem mil formas de amar e nunca, nunca sabemos qual realmente é a mais interessante. Consigo ver na minha mente a primeira carta que lhe escrevi e lá, sem sombra de dúvida digo: Assinei a minha sentença. Dei-te tudo naquela carta. Meu mais sincero amor e tudo que havia de melhor em mim. Claro que muitas vezes eu mesma me perguntei se havia algo bom em mim, porque te perdi tão rápido.
Costumo ao menos pensar que, naqueles três primeiros meses, foste  mesmo meu, de corpo e alma. Ainda consigo me lembrar e ouvir o som da sua voz que eu tanto adoro a dizer a primeira vez "oi amor". Nossos tratamentos sempre foram além do clichê, mas era tão bom dizer pra ti AMOR. Acho que isso ainda intensificava mais meus sentimentos e minha entrega.
Fui repetitiva. Piegas e vislumbrei um futuro ou um sonho que nunca se tornaria realidade.
Várias vezes fiz uma auto- análise de tudo que sentia. De tudo que eu tinha aqui dentro de mim.
Sou doente, sou viciada? Sou apenas apaixonada? Foste embora tantas vezes de mim...e no entanto, ficaste sempre. Que acontecia de verdade? Durante muito tempo eu sempre me fiz essa pergunta.
Sei como tu és, com a mesma velocidade que te empolgas com alguma coisa se desprende dela no mesmo instante. Isso sempre me deixou um tanto estranha. Sempre pensei que eu estava nesse meio.
Já fiz várias vezes a mesma pergunta: Sei de todos as tuas responsabilidades e penso mesmo assim, por que eu não estava à altura de poder estar contigo, sem reticências, sem vírgulas e nem aspas?
Já parei para pensar também que o problema não sou eu....e sim, tu!
Eu hoje, tenho um emprego que eu gosto, não posso me queixar do quanto ganho e conheço todos os dias e em cada viagem um monte de pessoas. Mas ainda assim sou metade. Porque tem algumas coisas que eu me divirto tanto fazendo mas não consigo deixar de pensar em como seria se tu, estivesse ali compartilhando comigo de tudo aquilo. Completo e mágico eu penso.
Certo dia lhe disse que sumiria da tua vida, acho que já perdi a conta de quantas vezes já lhe disse e já tentei fazer isso. Mas pressinto que esse dia, não tarda, pois meu coração que é tão vagabundo está cansado.
Conheço tuas brincadeiras e palavras usuais e imagino seu rosto quando leio cada uma delas, mas também por infelicidade, as tuas palavras ríspidas, que não foram muitas nesses longos dois anos, quando ditas me deixava arrasada. Falta de costume, eu diria.
Virei uma workaholic, me afundei no trabalho para fugir de ti. E confesso que tem dias que faço isso com maestria, mas na maioria eu sofro tanto que nem sei como consigo pensar.
Sofro por estar longe, sofro por pensar que minha ausência pode se tornar tão normal pra ti que nunca mais vais falar comigo. E me tratar cada vez com mais indiferença.
Algumas vezes tento me consolar pensando que, não podes me tratar normal e nem com tanta amabilidade, pois não teria razão de ser a tua vida. Pretensão a minha pensar tal coisa. Tu, és assim. E não foi assim que se apresentaste a mim tanto tempo? E não foi este o soberano de toda minha vida por tanto tempo?
Há alguns dias atrás eu lhe perguntei se querias vir assistir um show comigo. Me parece que tu pensou por alguns instantes que tudo seria bom. Mas que na verdade, isso não aconteceria. Mas sonhar em ter tudo como eu sonhei de volta era tão bom que não queria acordar. Passados mais alguns dias, retornei ao local onde sem sombra de dúvidas fomos muito felizes. De entrega plena e um amor que naqueles dias parecia sem fim. Um dia, sentei na frente da paisagem mais linda que não sei por qual motivo nem chegamos a conhecer juntos, um por do sol magnífico. E chorei...chorei tanto de saudade , de desilusão, de felicidade pois nunca me arrependi um só dia de tudo que lhe dei, lhe disse , lhe doei. E faria, não sete vezes, mas setenta vezes , sete vezes como dizem os mais sérios ensinamentos.
Eu não sou digna de ti ou tu não és de mim?
Não posso dizer pra ti que não penso se tu não se interessou por mais ninguém, se não teve desejos e vontades e pior, não escreveu tudo isso como escrevíamos para outra? Mas eu sou mulher e mulher sempre pensa nisso. Pensar que tu, poderia dizer para outra pessoa quase tudo que já dissemos um para outro e posso dizer que muita vezes me lembro e sou capaz de sentir ainda na pele tudo que sentia quando me dizia e sobretudo, quando me fez tudo de verdade.
Lembro das tuas mãos nos meus cabelos, nos meus lábios nos teus e no teu braço amparando minha cabeça na hora de dormir. Lembro da tua voz me perguntando tantas coisas e eu, dizendo que pra isso ter razão de ser e acontecer deveria ser dito não uma, mas três vezes como magia.
Hoje eu sei que é muito difícil me afastar de ti, mas se eu não for forte suficiente para fazer , não serei feliz.
Não serei inteira, serei sempre metade porque não sei se te lembras, mas me dei pra ti e nunca disseste que me devolveria, mas também nunca disseste que completaria.
Sou contraditória em quase tudo que eu penso hoje. Queria ter raiva de ti, mas essa não seria eu.
Queria poder ser menos egoísta e me doar incondicionalmente à este sentimento e lhe ver apenas como um semelhante. Mas...eu já tentei isso tantas vezes e peço todos os dias perdão por ainda não conseguir.
Gosto quando apenas rimos das bobeiras, quando apenas falamos besteira  quando eu consigo me desprender um pouco disso tudo e aproveitar de ti, mas...at last.
Quero que tu, sejas feliz com quem quiser, mas nesse momento compartilhar contigo tal felicidade é muito doloroso.
Não sei se um dia tu leria isso, não sei sequer se um dia , leste meus escritos sem que eu te mostre alguma coisa. Eu, confesso que sou super covarde, me privo de ler o que escreves por sentir tanto medo de ver alguma coisa que me deixe triste. Ok, egoísta, já disse isso muitas vezes.
Mas ao mesmo tempo, não sei nem se quero que leias isso. Prefiro que leia a nossa historia, nossos maiores desejos que estariam refletidos naquele espelho. O reflexo dos nossos sonhos,  a cumplicidade do nosso amor e loucuras infinitas.
Digo que , um dia , tudo isso não vai passar de uma bela história de conto de fadas. Mas com personagens verdadeiros e sobretudo, sentimentos verdadeiros.
Esta chegando o dia que eu, serei mais forte que tudo e direi Adeus. Não em palavra, mas um ato.
Sei também que disse que não mais diria que te amo. E na verdade, pra ti não direi mesmo, pois sei que tu sabes perfeitamente disso.
Eu precisava lhe dizer isso, ainda que tu não leia, ainda que para ti nada disso faça sentido e que tua vida continue do mesmo jeito, ainda que a minha  neste momento, seja um blues incompleto.

Ainda sua,

Q.

FOTO ROUBADA!

Para se ter uma idéia do EDDIE GIGANTE!!

Minha primeira vez!

 Quem começou a ler meu post imaginando como eu relataria por exemplo minha primeira experiência sexual, dançou. Já aviso de ante mão. Essa é uma questão há muito esquecida por mim e talvez nem mereça tanta importância. Enfim, estou aqui pra falar de uma donzela, mas a de ferro.
Sim senhora e senhores! Ontem vi "IRON MAIDEN" pela primeira vez. E posso dizer que, sem sombra de dúvidas é realmente um prazer. Início de post meio dúbio esse não?
Comprei meu ingresso há exatos 5 meses. Alguns dias eu passava sem ao menos lembrar do show, mas em outros era constante o assunto em minha mente.
Cheguei a cogitar a imbecil idéia de não ir, mas claro foi apenas um lapso de insanidade da minha parte e voltei a doce realidade do metal.
Não vou enfeitar o post falando sobre o pré show. O negócio é lá!
Pra variar estava sozinha. Fui com meu amigo Vítor que aos 45 do segundo tempo resolveu que iria também, porém, na cadeira separada da minha, ou seja. SOZINHA!
Mas eu sempre faço amizades muito rápido e fiquei com um pessoal de Caçapava e eles me fizeram companhia até a entrada do Cavalera Conspiracy. Confesso que sempre adorei os irmãos Max e Igor, mas achei o show bem chatinho pra falar a verdade.
Bom, terminado o show do CC, começa a montagem para o palco da Donzela e de repente, uma surpresa. 25 minutos antes do horário previsto , as luzes se apagam e o telão inicia as animações espaciais de SATELLITE 15 e pronto... Um coro de 55 mil pessoas cantam o refrão " THE FINAL FRONTIER, THE FINAL FRONTIER" .
Daí então, foram duas horas de alegria.
Devo dizer que, meus olhos e ouvidos críticos se manifestaram, pois na primeira música o som estava misturado e quase não se ouvia a voz espetacular do Bruce, mas a partir de as coisas começaram a melhorar  quando chegamos aos clássicos como 2 Minutes for midnight , a segunda a ser tocada.. O telão era pequeno na minha opinião e não conseguia 2 focar direito os tecidos de fundo que trocavam em cada música.
Entre discursos engajados e promessas de volta, Bruce se emocionou ao ser interrompido pelo mesmo coro gritando MAIDEN, MAIDEN!! Sentou-se e esperou por alguns segundos a massa enfurecida terminar a sua exaltação ao ídolo.
A presença de palco que ele tem é maravilhosa. Interpreta cada canção como se fosse um ator de teatro, com caras e bocas e mãos. Isso ficou bem mais evidente quando ele tocou uma das minhas preferidas THE TALISMAN. Onde ele sente a música até que as guitarras se apoderam de todo o cenário.



E entre clássicos e novas faixas, eis que ele entra! 


GiGANTE! Fazendo gestinhos "meigos" e tocando guitarra! Mais pra frente um EDDIE de 8 metros toma conta do palco deixando todo mundo louco. Esse vou dever a foto, quem sabe roubo de alguém mais tarde e deixo aqui pra que vejam. Bom, foi isso.
Claro que a minha mente sempre viajava entre um som e outro lembrando de coisas que deveriam ficar na gaveta , mas que ainda fazem parte da minha vida e eu, imaginava a cada cinco segundos como seria se tivesse aceito a minha proposta. Talvez , não, talvez não! "Seria" a coroação de uma noite maravilhosa.
Não se pode ter tudo na vida, mas uma noite de "donzela" todo mundo deveria ter.

E assim, encerro! Com o set list da turnê que foi AMAZING!

Doctor Doctor (intro by UFO)
- Satellite 15… The Final Frontier
- 2 Minutes to Midnight
- The Talisman
- Coming Home
- Dance Of Death
- The Trooper
- The Wicker Man
- Blood Brothers
- When the Wild Wind Blows
- The Evil That Men Do
- Fear Of The Dark
- Iron Maiden


BIS

- The Number Of The Beast
- Hallowed By The Name
- Running Free

Por que se escreve? Por que EU escrevo?



Hoje, um assunto que não vem ao caso, me levou a pensar qual o real motivo que as pessoas escrevem?
Eu, posso sem sombra de dúvida dizer que escrevo para mim. Não por um sentimento egoísta de dizer isso é apenas meu, mas sim, para colocar algumas coisas de dentro de mim para fora.
Inventar vidas que eu gostaria de ter pra mim, contar fatos muitas vezes verídicos  de passagens da minha vida.
Eu imortalizo com as coisas que eu escrevo.
Quando decidi fazer esse blog foi meio que de gozação. Postava bobagens, coisas sem sentido.
E na verdade, eu queria era postar uma coisa que tinha escrito e chamar atenção de uma pessoa que também escrevia. Um lapso de insanidade da minha parte.
Mas daí, vi que eu gostava da coisa, não por obrigação, mas por prazer.
Falei de assuntos que gostava. Me abri sobre os meus mais secretos desejos de um amor verdadeiro e sobretudo, da queda à realidade. O amor verdadeiro, ainda não havia chegado para mim. Quiçá se um dia ainda chegará. Mas, como dizem, a felicidade real não é deste mundo e o bom da vida esta em viver momentos felizes.
Eu escrevo pra me desnudar de assuntos que me machucam, de assuntos que me atraem, de coisas que me deixam indignada.
Ai, nesse meio tempo, perdi a vergonha na cara e postei  alguns dos meus contos em um site que está aqui no meu blog. Bom, posso dizer que realmente me encontrei.
Muitos textos la postados nem comentários tiveram, mas tinham leituras. Já era alguma coisa.
Quando postei o primeiro texto, não imaginei que as pessoas leriam e mais, comentariam tais divagações.
Então veio o melhor. Conheci inúmeras pessoas que também compartilhavam do meus sonho, da mesma vontade de escrever e colocar pra fora idéias.
E assim eu vivo, com um comentário aqui outro ali , às vezes nenhum. Mas o melhor de tudo é escrever e escrever. Algumas vezes sofremos de ausência temporária de inspiração mas quando ela vem sempre nos surpreende.
Tenho trabalhos começados, contos inacabados, projetos sem razão de ser mas que quem sabe um dia, serão.
Enfim...gosto do que faço e tento ao menos, agradar a mim que sou a minha crítica mais implacável.

E como já escrevi em um dos meus contos...

' É POR ESTAS E OUTRAS QUE EU, REALMENTE, ESCREVO'

Conto às Avessas - 2ª Parte

 Continuação.


Mas porém, todavia, contudo, como todo macho que se preze, ele tinha que mostrar a que veio e numa velocidade incomum atravessa todo o salão, agarra a cintura dela com violência arrastando-a para fora. Com a mesma "sutileza", a coloca na cela do cavalo saindo a galope.
Para desespero do príncipe que não sabia como lidar com aquela situação, ao começar a galopar ela se agarra mais a ele, encostando seu corpo no dele, sorrindo satisfeita.
O cavalo ia a trotes rápidos, estimulado pelo cavaleiro, que descontava no pobre animal todo o turbilhão de imagens que passava pela sua mente. O deixando louco e sem rumo. Vez ou outra olhava de canto de olho para trás, analisando tudo, desde o balançar de sua saia que roçava suas botas, o movimento de seus quadris, aquela boca carmim que contrastava com a pele clara... O róseo de suas bochechas. Por Deus, sem duvida aquela visão mexia com os sentidos do pobre príncipe que já eram visíveis. Sem perceber, vai diminuindo o trotar do cavalo, indo bem devagar.
Era agora, pensava ela. 
Enquanto ele se perdia em devaneios, ela começa acariciá-lo. Primeiro os cabelos, sedosos, perfumados, os ombros largos que mesmo com aquela roupa toda, ficavam torneados e aparentes, mas sua ousadia não tinha limite e ela passa a acariciar seu amado de forma mais ousada, como nunca tinha feito antes, sentindo a excitação do corpo dele já tão evidente. Beijava seu pescoço, sussurrando em seu ouvido palavras doces, com um toque sutil de malicia para que ele a beijasse e sentisse também o calor da pele dela como ela estava fazendo. Ah sem duvida ele estava atordoado. Agora ele entendia que não era raiva o que sentia, era realmente desejo. A textura suave da pele, o arrepio que causava aquela caricia. Doces palavras sopradas ao ouvido intercaladas por pequenas lambidas o deixavam louco. Algumas vezes ele girava a cabeça tocando os lábios dela ate não mais se conter. Desmonta, tomando-a pela cintura dando-lhe um longo beijo. Molhado, demorado, mordido. Em segundos eles estavam deitados na relva abraçados, se amando. Uma fome voraz que eles não conheciam. Em toda floresta, somente um som se ouvia, os gritos e gemidos de um casal que acabara de se encontrar por completo.
Fartos, exaustos, eles ainda permanecem ali, olhando o céu negro coberto por um manto de estrelas e ela, com os olhos brilhantes quase dentro dos dele, sussurra: 

Obrigado!

Espantado ele pergunta o porquê do agradecimento. Um sorriso magnânimo se abre e ela responde:

“Fizeste exatamente o que imaginei. Olhou-me com desejo, beijou-me com volúpia... transbordou de paixão ao me amar aqui na relva. Assim que lhe quero por todos os dias de minha vida e viveremos com certeza, felizes para sempre”.

E eis que, daquela noite em diante, B e o seu príncipe renovaram, seu amor e a cada dia amavam-se de maneira diferente e realmente viveram felizes para sempre, ou pelo menos, até que a morte os separesse ou o tesão se acabasse.

FIM! 




Conto às Avessas - 1ª Parte


Branca de Neve, depois de algum tempo vivendo no castelo, sentia-se um tanto entediada, Seu príncipe não era mais o mesmo, não lhe dava tanta atenção como antes. O tédio era tanto que, se comesse novamente à maça enfeitiçada e ele tivesse que beijá-la de novo, nem um músculo de seu corpo reagiria ao toque dos lábios de vossa majestade. Senhoras e senhores, a coisa ‘tava feia’. Bom, mas vamos lá para mais um dia. O príncipe havia saído para cavalgar, caçar ou qualquer um destes esportes que ele adorava e ela odiava e possivelmente, voltaria quase no final da tarde e lhe daria um simples. “Boa noite amor, estou exausto!”. Jantariam os dois numa mesa de 10 metros de comprimento e iriam dormir. Ah ela nada dizia, mas estava farta daquilo precisava fazer alguma coisa urgente. Amava seu príncipe, mas o tédio que se tornara o casamento estava matando este amor. Ela queria mais, precisava de mais. Foi ai que ela teve uma idéia. Na manhã seguinte, tudo aconteceu como normalmente acontecia. As criadas como sempre absortas com os afazeres do castelo, nem notaram quando ela saiu à tardinha toda encapuzada, deixando apenas um bilhete:

"Fui dar um passeio". Ass. B

Mas seu passeio ia, além disso. Caminhou floresta à dentro até encontrar uma taberna. Ao entrar, deparou-se com outro mundo, que seus belos olhinhos azuis nunca tinham avistado. Pessoas riam e bebiam, as mulheres cantavam alegres, os homens sorriam e os mais ousados, tentavam enlaçar a cintura das damas. Seus braços eram sempre impedidos com um sorriso que ao invés de dizer; deixe-me... dizia: "Agora não, mas quem sabe mais tarde..."

Extasiada, olhava tudo em minúcia. Como ninguém havia tomado conhecimento dela, caminhou bem devagar indo sentar-se nos fundos, de onde podia ver tudo e arriscou pedir uma bebida, onde lá permaneceu perdida em devaneios. Horas se passaram até que anoitece, então, voltemos ao castelo.
O príncipe, ao voltar de suas belas atividades diárias, encontra o castelo no maior alvoroço. Apos ouvir o relato de uma das criadas e de alguns gritos histéricos, monta novamente em seu cavalo e parte a procura de "B", sua esposa... Se é que se pode assim dizer, ah sei lá, nem houve cerimônia. Mas voltemos... Não se sabe ao certo quanto tempo ele cavalgou. Percorreu todas as vilas, todos os cantos da floresta, perguntando a um lenhador aqui outro ali... Uma camponesa, mas ninguém sabia o paradeiro dela. Nada! Já estava exausto, quase desistindo quando vê a taberna e numa ultima empreitada, resolve entrar pra perguntar. Logo na entrada, ele quase não acredita no que vê.
Lá estava ela toda faceira,dançando, sorrindo e, espere... bebendo? Para surpresa de vossa majestade ela, ao contrario do que se espera, ao perceber a presença do seu amado, o olha com o canto dos olhos com um risinho malicioso escondido. Exibia-se, era tratada como uma pessoa comum, uma simples mulher do campo não como uma princesa. Um rubor toma conta da face do príncipe, não sabia ao certo se de raiva ou de êxtase. Ela estava belíssima como ele nunca havia reparado antes. Seus olhos brilhavam de cólera e desejo. 

continua...

NOTA: Aos leitores desta fantasiosa fábula quase encantada, devo dizer que escolhi aqui Branca de Neve, mais carinhosamente chamada por mim apenas “B”, pois era a que mais atendia ao meu propósito, porém qualquer princesa ou mesmo nós, mulheres reais, cheias de vida e transbordando sensualidade, nos encaixamos neste conto.

Dica pós carnaval : Vai um suquinho ae?

Queridas amigas, venho através desta, prestar um serviço de utilidade pública.
Bem estar e saúde sempre foram assuntos bem em alta sempre.
Todos nós, homens ou mulheres, sempre estamos buscando formas de nos mantermos mais saudáveis.
Mas realmente hoje, minha dica é para o público feminino.
Recentemente, em uma pequena cidade do Maranhão, São José do Ribamar,  foi descoberto um calmante excelente.
Dizem que a fruta produz chá  poderossimo e mereceu até visita de estudiosos e pesquisadores.
Contam moradores da vizinhança que o quintal da casa da senhora onde nasceu a tal fruta milagrosa,  virou alvo da vizitação pública, mas principalmente  do público feminino e afins.

Fica a dica para o "pós carnaval":

Após a maratona de bailes, trios- elétricos, sambódromos e tals, melhor é relaxar, tomar um suquinho, um cházinho sei lá. Cada um usa sua imaginação como bem entender.
Mas que São José do Ribamar e seu público feminino nunca mais serão os mesmos, ah...isso posso garantir!



MARACUJÁ

Fundo Falso...




Um dia, hei de dizer-te Adeus!
Sem avisos, sem prévias...sem escusas.
Faço a curva ou sigo a linha tênue, incerta e tão certa que fere.

Um dia hei de dizer, hoje respiro!
Ar puro, simples e seguro.

Então, este dia vai se tornar tão chato, tão obscuro que talvez eu sufoque.
Sem o ar impregnado da presença que tanto me inspirava. Sem as lembranças
e as quimeras mil que sonhei enquanto planejava roubar-te o coração pra sempre!
E então, uma voz , aquela voz chamada "razão", sussurra de forma doce escondendo
aquele vestígio de crueldade que só as verdades carregam .

"Seria melhor tu guardares. Mas guardas bem guardado, de forma que nem tu lembres onde colocou."

Mas ai não teria graça. Então, penso! Posso fazer um mapa.

Conto as estrelas, canto as canções,  recito as palavras e marco um X em um ponto vermelho escarlate.

Aqui, dentro, bem no fundo  do coração é onde ficarás...